Morte de Rabbani não impede ajuda ao Afeganistão, diz Obama

O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que a morte do ex-presidente afegão Burhanudin Rabbani não impedirá que os Estados Unidos mantenham seu apoio ao Afeganistão em sua transição rumo à liberdade.

Obama deu estas declarações no início de uma reunião bilateral com o presidente afegão, Hamid Karzai, paralela à Assembleia Geral da ONU, após o atentado que tirou a vida de Rabbani nesta terça-feira.

O governante americano qualificou como "trágica" a morte do ex-presidente, que liderava o Conselho de Paz do país, e afirmou que era um homem profundamente dedicado ao Afeganistão.

Rabbani morreu com outras cinco pessoas em um atentado perpetrado em frente à sua casa em Cabul, no qual também ficou gravemente ferido o número dois do Conselho, Stanikzai Massoum.

O ex-presidente foi líder do partido Mujahedin durante a invasão soviética ao Afeganistão e presidiu o país de 1993 a 1996, ano no qual seu governo foi derrubado pelos talibãs liderados pelo mulá Omar.

Em outubro, ele foi eleito pelo atual governante para presidir o Conselho de Paz, de onde liderava os esforços de reconciliação entre as diversas facções em conflito. Durante todo este tempo, havia mantido contato direto com os talibãs para incluí-los no processo de pacificação.

O assassinato de Rabbani fez com que Karzai decidisse encurtar sua visita aos Estados Unidos.