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Na ONU, Argentina cobra ajuda do Irã em investigação de atentado
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DA REUTERS, EM NOVA YORK
Em seu discurso na 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pediu nesta quarta-feira ao Irã que cumpra sua promessa de colaborar nas investigações sobre o atentado de 1994 contra uma entidade judaica de Buenos Aires, que deixou 85 mortos.
Promotores argentinos dizem que o ministro iraniano da Defesa, Ahmad Vahidi, participou do planejamento da explosão que destruiu a sede da Associação Mútua Israelita Argentina.
O Irã há anos nega envolvimento com o atentado, mas, em julho, Teerã ofereceu à Argentina um diálogo destinado a "lançar luz" sobre o incidente.
"Acreditamos que o diálogo deve ser construtivo e honesto, e deve alcançar resultados para que possa ser crível, de modo que não seja entendido como uma manobra para protelar ou distrair", disse Cristina em Nova York.
"Embora a mensagem que tenhamos recebido do Irã implique uma mudança de atitude por parte do governo, ela em si não satisfaz nossas reivindicações (...) por justiça", acrescentou. "No entanto, trata-se de uma oferta de diálogo que a Argentina não pode e não deve rejeitar."
No ano passado, a presidente sugeriu a realização de um julgamento em um país neutro para determinar quem foi o responsável pelo ataque, mas o Irã rejeitou a proposta.
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