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23/09/2011 - 15h57

Na Síria, repressão matou ao menos 9, incluindo uma criança de 5 anos

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DA FRANCE PRESSE

Ao menos nove pessoas morreram nesta sexta-feira na região de Homs --cidade com forte tradição opositora à família Assad-- por disparos das forças do ditador Bashar Assad, entre eles uma criança de cinco anos, segundo informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

"Nove civis foram mortos na região de Homs: seis em três bairros da cidade de Homs, uma menina em Quseir, um jovem em Talbiseh e outro no povoado de Zaafaraniya".
A estimativa anterior era de cinco mortos.

Enquanto isso, cerca de 2.000 pessoas protestaram em Deir Ezor (leste) pedindo a queda do regime sírio. Forças de segurança estavam mobilizadas no local para tentar dispersá-los.

A televisão oficial síria indicou que "seis agentes das forças de ordem foram feridos em Deir Ezor por grupos terroristas armados".

Mais de 10 mil manifestantes também saíram às ruas em quatro localidades da província de Hasaké (nordeste), de maioria curda.

Também houve manifestações na região de Deraa (sul).

Nesta sexta, como acontece a cada semana, as manifestações após as orações muçulmanas tiveram como lema "a união da oposição pode derrubar o regime".

2.700 MORTOS

O número de mortos pela repressão na Síria já chega a 2.700, entre os quais foram contabilizadas cem crianças, segundo dados da ONU.

A alta comissária adjunta para os Direitos Humanos, Kyung-Wha Kang, ofereceu novo cálculo em uma sessão do Conselho de Direitos Humanos para avaliar os efeitos da repressão dos movimentos democráticos em Iêmen, Líbia e Síria.

Ao apresentar o resultado das investigações feitas por uma comissão da ONU, Kyung-Wha relatou casos de prisões arbitrárias, execuções extrajudiciais e manifestantes que foram sequestrados pelas forças de segurança em suas próprias casas ou em hospitais.

A alta comissária referiu-se também ao uso corrente da tortura pelo regime de Bashar Assad, em muitos casos para conseguir confissões falsas, além de denunciar que até "crianças estiveram entre os torturados".

Kyung-Wha disse que "a repressão continua", e que é feita por forças militares terrestres e franco-atiradores através de helicópteros em várias cidades da Síria, incluindo Damasco.

A alta comissária considerou "urgente uma resposta internacional" para evitar que a situação continue ocorrendo, e pediu ao regime de Bashar Assad que permita a entrada de representantes da ONU e da imprensa internacional para investigar os abusos, além do retorno dos que procuram proteção nos países vizinhos.

 

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