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China prende jornalistas sul-coreanos sob acusação de espionagem
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DA EFE, EM PEQUIM
As autoridades chinesas prenderam um grupo de jornalistas sul-coreanos, do jornal "Joong Ang Ilbo", sob acusação de espionagem em uma região próxima à fronteira com a Coreia do Norte, informou nesta segunda-feira a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Segundo a fonte, as detenções aconteceram em 20 de setembro, quando o grupo formado por quatro jornalistas viajava com vistos de turista por um trecho próximo ao rio Tumen, supostamente uma área militar restrita na fronteira com a Coreia do Norte.
"Pedimos uma explicação sobre a prisão arbitrária de um grupo de jornalistas cujo número não foi confirmado", destacou a RSF nesta segunda-feira em comunicado.
A organização explicou que "é difícil conseguir um visto de jornalista, e quando os repórteres não conseguem, as autoridades chinesas usam frequentemente esta dificuldade como desculpa para evitar que trabalhem em uma região complicada como a norte-coreana".
A ONG, que defende a liberdade de imprensa no mundo, pediu à China "a libertação imediata" dos profissionais detidos.
O Ministério das Relações Exteriores da China não deu até o momento nenhuma explicação sobre o caso, e porta-vozes da embaixada declararam na última semana que estão "investigando" as supostas detenções.
Segundo a RSF, o grupo detido é formado por quatro jornalistas do "Joong Ang Ilbo", além do responsável por um centro de transporte com sede em Seul e um guia local.
Uma fonte diplomática sul-coreana informou ao jornal "Chosun Ilbo" que o número de detidos pode ser seis e que fariam parte de uma equipe do novo canal a cabo do "Joong Ang Ilbo", chamado "jTBC".
Fontes do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul informaram na semana passada que os jornalistas estão em um hotel próximo à fronteira norte-coreana, embora não tenham especificado o local exato.
A fronteira entre a China e a Coreia do Norte, um regime protegido por Pequim, foi palco nos últimos anos de várias detenções de jornalistas, como a do sul-coreano Seok Jae-hyun em 2003, quando filmava refugiados norte-coreanos que fugiam para a China.
Em 2009, as jornalistas americanas Laura Ling e Euna Lee também foram detidas na fronteira com a Coreia do Norte e só foram liberadas após o ex-presidente Bill Clinton ter intermediado a libertação das duas em uma visita a Pyongyang, depois de quatro meses.
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