Nos EUA, contaminação de melões já provocou a morte de 21 pessoas

Subiu para 21 o número de mortos e para 109 o de doentes nos Estados Unidos desde o fim de julho, por ingerirem melões infectados com a bactéria listeria, informaram autoridades sanitárias na sexta-feira.

Os casos foram reportados em 20 Estados, devido a melões procedentes da firma Jensen Farms, com sede no Colorado (oeste), informaram os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), em seu último balanço de vítimas.

O número anterior de casos, anunciado na terça-feira, era de 18 mortos e 100 doentes.

As autoridades sanitárias advertiram para um possível aumento das vítimas, devido ao longo período de incubação desta bactéria incomum, que faz com que uma pessoa adoeça até dois meses depois de consumir um produto contaminado.

Os pesquisadores ainda tentam averiguar como a fruta se contaminou no que autoridades descreveram como o primeiro surto conhecido de listeria em melões.

A listeriose é especialmente perigosa para os idosos, pessoas com sistema imunológico debilitado e mulheres grávidas, nas quais pode causar aborto espontâneo ou morte do feto.

Embora os únicos melões relacionados com o surto tenham sido os cultivados na Jensen Farms e nenhum deles tenha sido exportado, os CDC aconselharam os consumidores a descartarem um melão se não estiverem certos de sua origem.

"Mesmo se tiver comido parte do melão e não tenha caído doente, jogue fora o resto imediatamente. A listeria pode proliferar no melão em temperatura ambiente e na geladeira", alertaram os CDC.

A listeriose pode causar diarreia, febre, dores musculares e outros sintomas similares à gripe. Na maioria dos casos, a bactéria se propaga do intestino até a corrente sanguínea, mas pode se tratada com antibióticos.