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Israel e Hamas chegam a acordo para libertar Gilad Shalit; entenda o caso
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DE SÃO PAULO
Israel e o movimento islâmico Hamas chegaram a um acordo para trocar cerca de mil prisioneiros palestinos pelo soldado israelense Gilad Shalit, mantido refém desde 2006 na faixa de Gaza. A informação foi divulgada nesta terça-feira por fontes do governo israelense e confirmada por Israel e pelo Hamas.
Gilad Shalit, que também tem nacionalidade francesa, foi sequestrado em 25 de junho de 2006, durante uma operação do Exército israelense na faixa de Gaza, segundo a versão palestina, e em sua base em território israelense perto do limite de Gaza, segundo a versão israelense.
Quando capturado, Shalit era cabo e tinha 19 anos. Ele foi promovido a sargento durante seu sequestro e estaria em alguma parte da faixa de Gaza, dominada pelo Hamas desde 2007, quando o secular Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, foi expulso do território à força.
Reuters | ||
Imagem do vídeo enviado pelo Hamas a Israel como prova de vida do soldado Shalit, em cativeiro desde 2006 |
Nos últimos anos, Israel e Hamas fizeram negociações com a mediação do Egito, mas as divergências eram grandes sobre o número de palestinos que o grupo islâmico exigia que fossem libertados e o destino deles --Israel queria que ao menos 450 fossem exilados em vez de retornarem às terras palestinas.
O principal obstáculo para Israel era a libertação de aproximadamente 400 presos envolvidos em crimes violentos. O governo do Estado judaico se negava a libertá-los ou exigia que fossem enviados à faixa de Gaza, embora seu lugar de procedência e residência familiar fosse a Cisjordânia.
Ainda em julho deste ano, o chefe das Forças Armadas de Israel, Benny Gantz, escalou uma equipe especial para revisar a investigação sobre o cativeiro de Shalit, após o fracasso de várias tentativas de acordo com o Hamas.
Jack Guez/France Presse - 14.jul2011 | ||
Franco-israelenses protestam pela libertação do soldado Gilad Shalit em Tel Aviv ainda em julho deste ano |
Na época, o ex-chefe das Forças Armadas Gabi Ashkenazi disse, pouco antes de deixar o cargo, que Israel não possuía as informações exatas sobre a captura do soldado e, por isso, não tinha meios para localizá-lo e nem agir para sua libertação.
O Hamas chegou a divulgar um vídeo de Shalit no cativeiro após a mediação de países europeus. Antes disso, esforços da comunidade internacional tinham rendido apenas o envio de algumas cartas e um áudio.
Na última tentativa de acordo, o Hamas já exigia a libertação de mil presos em troca de Shalit.
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