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13/10/2011 - 20h50

Confrontos deixam ao menos 20 mortos na Síria e UE impõe sanções

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DOMINIC EVANS
DA REUTERS, EM BEIRUTE

Pelo menos 20 pessoas foram mortas nesta quinta-feira em novos combates na Síria, segundo ativistas, e a União Europeia (UE) impôs sanções ao maior banco estatal do país, supostamente depositário de grande parte das reservas internacionais sírias.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, disse que dez civis foram mortos por soldados que invadiram a cidade de Binish (norte) e travaram combates com homens armados e desertores do Exército.

Na província de Deraa (sul), berço da rebelião contra o governo do ditador Bashar al Assad, iniciada há seis meses, seis soldados, dois desertores e um civil foram mortos em um confronto na localidade de Haara, segundo o grupo. Outro soldado foi morto em Homs.

SANÇÕES

A ONU (Organização das Nações Unidas) diz que 2.900 pessoas já foram mortas na repressão do governo aos manifestantes. Os EUA e a Europa já impuseram sanções a várias empresas sírias, inclusive do setor de petróleo, e tentam que a ONU também faça retaliações, mas esbarram na resistência de Rússia e China, países que detêm poder de veto no Conselho de Segurança da entidade.

O governo sírio afirma que os distúrbios são provocados por agitadores a mando de governos estrangeiros, e alega que mais de 700 soldados e policiais já foram mortos em ataques. Os protestos contra Assad geralmente são pacíficos, mas nas últimas semanas há relatos cada vez mais frequentes de ações armadas de militares desertores.

Em Bruxelas, diplomatas disseram que a União Europeia decidiu nesta quinta-feira incluir o Banco Comercial da Síria na lista de sanções. Fontes bancárias dizem que essa instituição guarda grande parte das reservas sírias, que no começo do ano eram estimadas em 17 bilhões de dólares.

Washington já impôs sanções a esse banco em agosto.

A UE divulgou nota em que, sem citar o nome do banco, disse que o bloco pretende interferir o mínimo possível em atividades comerciais legítimas.

"Nossas medidas não estão voltadas contra o povo sírio, mas visam a privar o regime de rendimentos financeiros e da base de sustentação necessária para manter a repressão", disse a chefe de política externa da UE, Catherine Ashton.

Nos últimos dias, a maior parte da violência na Síria se concentra nas províncias de Idlib e Deraa e na cidade de Homs, onde ativistas dizem haver confrontos e tiroteios desde domingo.

O Observatório Sírio disse que soldados abriram fogo na noite de quinta-feira em Binish contra os participantes do funeral de alguns dos mortos do dia, entre os quais uma criança pequena e uma universitária.

O grupo disse também que há relatos de que 25 soldados pró-Assad teriam sido mortos em Binish, e que as autoridades estariam ocultando a verdadeira dimensão das baixas militares.

 

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