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Família de israelense pede que Justiça não adie libertação de palestinos
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DA EFE, EM JERUSALÉM
A família do soldado israelense Gilad Shalit, que deve ser libertado na terça-feira (18) em troca de mais de 447 presos palestinos, pediu para estar presente na audiência que julgará os recursos apresentados contra o acordo de libertação.
Pelo menos três familiares de cidadãos mortos ou feridos em atentados, além de uma associação de vítimas do terrorismo, recorreram contra a libertação dos palestinos.
De acordo com a edição digital do jornal "Haaretz", Noam Shalit, pai do soldado capturado em 2006, afirmou que "qualquer atraso na implementação do acordo pode ser trágico e causar um dano irreparável" a seu filho.
"Se o acordo não progredir agora pode ser que nunca seja feito", acrescentou.
A Corte Suprema deve estudar na tarde de segunda-feira os recursos contra o acordo apresentados por cidadãos individuais e por associações de vítimas do terrorismo, como a Almagor.
Getva Levi, porta-voz da Almagor, explicou que sua organização está contra a libertação de terroristas, porque acredita que eles voltarão a praticar o terrorismo.
"É um perigo imenso. Mais de 180 israelenses já foram assassinados por terroristas que foram libertados no passado. Por isso nos opomos a este pacto e achamos que todo o mundo deve se opor", afirmou o porta-voz.
No passado, os tribunais nunca foram contra acordos similares feitos pelo governo.
Em seu pedido para participar da audiência e responder aos recursos apresentados, a família de Shalit argumentou que qualquer atraso pode fazer com que o acordo fracasse.
"É um pedido pessoal de todos os membros da família, que a corte não aceite nenhuma mudança, atraso, ou deslocamento de um só elemento, por minúsculo que seja, no delicado acordo tal como foi aprovado pelo governo", diz o pedido dos familiares.
Em consequência do acordo feito entre o governo israelense e o Hamas na semana passada, Gilad Shalit deve ser libertado, após mais de cinco anos de cativeiro, em troca da libertação de 447 presos palestinos, dos quais 280 cumprem pena perpétua nas prisões israelenses.
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