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18/10/2011 - 10h51

Monja morre depois da nona imolação deste ano no Tibete

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DA EFE, EM PEQUIM

Uma monja tibetana morreu após atear fogo ao próprio corpo na nona imolação cometida neste ano por religiosos budistas em áreas tibetanas, informou nesta terça-feira a ONG Free Tibete.

Tenzin Wangmo, de 20 anos, é a primeira monja a se imolar em 2011. Ela morreu na última segunda-feira, no lado de fora do convento Dechen Chokorling, a cerca de três quilômetros da cidade de Ngaba (na província chinesa de Sichuan). Desde março, o emblemático mosteiro tibetano vem sendo palco de constantes imolações.

Assim como as demais, a imolação de Tenzin exigia o regresso de dalai-lama --o líder espiritual dos tibetanos, que está exilado na Índia-- e liberdade religiosa, informou a organização de defesa dos direitos dos tibetanos Free Tibet.

A nona imolação aconteceu somente um dia depois das forças de segurança dispararem contra dois manifestantes tibetanos, que protestavam contra a ocupação chinesa no último domingo. Segundo a ONG, com sede em Londres, o paradeiro e o estado de saúde das duas vítimas ainda é desconhecido.

O mosteiro de Kirti está cercado por policiais chineses desde o primeiro caso de imolação, em março. Na época, o jovem monge Phuntsog, de 21 anos, se imolou pelos mesmos motivos de Tenzin. A partir deste episódio, as autoridades chinesas já levaram cerca de 300 religiosos desta instituição para serem reeducados.

Contatadas pela Agência Efe, as autoridades locais da Prefeitura de Ngaba afirmaram por telefone que não ouviram falar deste caso.

"Os distúrbios no Tibete estão aumentando. O número e a frequência das imolações não tem precedente. A informação que nos chega sugere que há mais pessoas dispostas a perder sua vida para evidenciar as persistentes e brutais violações que os tibetanos sofrem por parte da China", assinalou Stéphanie Bridgen, diretora da ONG.

No último sábado, o monge Norbu Dathulde Kirti, de 19 anos, também tentou se imolar. Antes de gritar pedindo liberdade do Tibete e o retorno do líder dalai-lama, o jovem ateou fogo em seu próprio corpo no mercado central de Ngaba. Segundo a ONG Free Tibete, não há informações sobre o estado de saúde e a situação da vítima.

Na semana passada, o governo chinês classificou as imolações como "atos terroristas encobertos" e garantiu que as pessoas estavam sendo "incitadas pelo grupo de dalai-lama", Prêmio Nobel da Paz de 1989, que é considerado um separatista por Pequim por pedir maior autonomia para as regiões tibetanas.

 

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