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Pastor que queimou Alcorão será candidato à Presidência nos EUA
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DA FRANCE PRESSE, EM MIAMI
O pastor evangélico americano Terry Jones, cuja igreja queimou publicamente um exemplar do Alcorão, está preparando sua campanha para se candidatar à presidência dos Estados Unidos, informou em um comunicado nesta quinta-feira.
A campanha, denominada "Levante-se agora Estados Unidos", propõe sete pontos centrais em sua agenda, entre os quais destaca-se "deportar todos os ilegais".
"Temos que começar imediatamente a deportação dos 20 milhões de cidadãos ilegais que estão vivendo em nosso país", diz o comunicado de campanha. A estimativa oficial de ilegais nos Estados Unidos é de 11 milhões.
Jones propõe também reduzir os impostos às corporações porque são um "dos mais altos no mundo" e diz que se estes forem reduzidos, impulsionará a abertura de novos negócios, e as corporações já existentes poderão "se expandir, portanto criar mais postos de trabalho".
Entre sua oferta de reduzir o gasto militar, equilibrar o orçamento da nação e cortar os gastos, oferece também diminuir a burocracia tanto no Estado como nas companhias.
"Estamos nos afogando em burocracia, regras e regulações", afirmou.
Phelan M. Ebenhack - 2.abr.2011/Reuters | ||
O pastor Terry Jones, em frente à sua igreja, "Dove World Outreach Center", em Gainesville, Flórida |
O pastor Terry Jones, que dirige a igreja Dove World Outreach Centre em Gainesville, centro da Flórida, despertou a atenção mundial em setembro de 2010 por seu plano de queimar exemplares do Alcorão em sua igreja no aniversário dos atentados terroristas de 11 de Setembro nos Estados Unidos.
Após fortes reações no mundo muçulmano e condenações de líderes internacionais, entre eles do presidente americano Barack Obama, Jones desistiu de sua ideia e disse que nunca mais voltaria a tentar, mas não cumpriu sua promessa.
O controverso pastor Jones presidiu a queima do Alcorão em sua igreja em 20 de março deste ano, uma ação que ameaçava levar à prática há tempos, apesar de ter sido advertido, inclusive pelo governo americano, sobre o risco que significaria esse fato para as tropas dos Estados Unidos e outras no Afeganistão.
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