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Condoleezza Rice revela ter recebido oferta secreta para Estado palestino
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DE SÃO PAULO
A ex-chefe da diplomacia americana Condoleezza Rice revela em suas memórias que o então primeiro-ministro israelense Ehud Olmert fez em 2008 uma proposta secreta que incluía um Estado palestino com os locais santos sob tutela internacional.
No livro de memórias "No Higher Honor" (Não há honra maior), Rice diz que ficou surpresa quando Olmert lhe fez tal proposta, em maio de 2008, durante uma visita a Israel.
Segundo Rice, o então premiê israelense estava disposto a oferecer aos palestinos, sob a direção de Mahmmud Abbas, 94% da Cisjordânia, mas com Israel mantendo algumas colônias.
Se o plano fosse adiante, haveria duas capitais, uma para Israel, em Jerusalém Ocidental, e outra para os palestinos, em Jerusalém Oriental, com uma câmara comum, prefeito israelense e vice-prefeito palestino.
Olmert também ofereceu o regresso de 5 mil palestinos a terras até então em poder de Israel.
Alan Marques/Olivier Fitoussi F/Folhapress/Efe | ||
A ex-chefe da diplomacia americana Condoleezza Rice e o ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert |
A proposta previa ainda colocar a cidade velha de Jerusalém sob a administração de um "comitê de sábios" de Jordânia, Arábia Saudita, Autoridade Palestina, Estados Unidos e Israel.
Rice ficou surpresa: "Estou realmente escutando isto? O primeiro-ministro de Israel diz que vai dividir Jerusalém e instalar uma instância internacional encarregada dos lugares santos"?!
O livro revela que Olmert queria a ajuda dos Estados Unidos para uma série de questões de segurança, algo que os palestinos poderiam ter problemas para aceitar.
Segundo Rice, ao receber a proposta, no dia seguinte, Abbas fez exigências, afirmando que não poderia aceitar o regresso de apenas 5 mil dos cerca de quatro milhões de refugiados palestinos, mas um encontro foi marcado entre ele e Olmert.
Em setembro de 2008, Olmert entregou a Abbas um mapa com o desenho do território do futuro Estado Palestino, que previa a anexação de 6% por parte de Israel. "Mas quando os palestinos alegaram que precisavam consultar seus especialistas antes de firmar (o acordo), Olmert se negou a entregar o mapa", temendo o vazamento da proposta.
"Todos os outros elementos seguiam sobre a mesa, incluindo a divisão de Jerusalém, mas Olmert exigiu que Abbas firmasse tudo naquele momento".
Diante do impasse, o "líder israelense me disse que se reuniria com Abbas e com os especialistas no dia seguinte, mas ao que parece este encontro nunca aconteceu".
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