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18/01/2008 - 02h30

Servidores, São Paulo, Lobão, aviação, Chávez

da Folha Online

Servidores

"Entre as qualidades que um jornal com a dimensão da Folha deve ter, creio que o principal deva ser a imparcialidade. Sem ela, todas as outras acabam comprometidas. Por mais brilhantes que sejam os profissionais que nela trabalham, por mais completa que seja a cobertura dos assuntos e por melhor que seja sua produção e distribuição, tudo isso acaba contaminado por um ponto de vista que a direção do jornal quer impor como verdade. No caso, a desqualificação contínua e implacável do setor público. Toda vez que eu e a minha esposa, servidores públicos concursados, lemos a Folha, nos vemos agredidos por colunistas como o sr. Fernando Canzian que, na edição de 15/1 classificou-nos, entre outras ofensas, de 'chupins pançudos', o que não seria tão grave se fosse um ato isolado da linha editorial do jornal, já que o ataque do colunista é tão rasteiro e primário que dispensa maior análise. A nossa preocupação é que a Folha, jornal pelo qual já tive grande admiração, enverede, definitivamente, pelo mesmo caminho da grande mídia, qual seja: a tentativa, através da manipulação de informações e da opinião pública, de desestruturar o setor público em prol da suposta eficiência e honestidade da iniciativa privada. Trabalhei por vários anos tanto em um como no outro e afirmo, sem medo de errar, que os vícios e virtudes encontram-se nos dois lados e em proporção semelhante. Os problemas deste país derivam de questões culturais muito mais profundas do que a simples dicotomia setor público x iniciativa privada."

JAN LUIZ PARELLADA (Assis, SP)

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São Paulo

"Quero deixar bem claro que não sou petista, mas muito me admira o artigo do deputado estadual José Antonio Barros Munhoz ('Tendências/Debates', 14/1).
O deputado elogia em seu artigo, de uma forma quase enojante e de um enaltecimento desmedido, o governo Serra, esquecendo que este mesmo governo está terminando o trabalho iniciado pelas gestões Covas/Alckmin, ou seja, de sucatear e privatizar a educação e a saúde pública, além de que, nestes mesmos governos vimos cenas dantescas de selvageria em maio passado, quando um grupo criminoso deixou refém tanto a polícia quanto a população deste Estado, afora as condições precárias que se encontram o transporte público, principalmente os trens metropolitanos da CPTM. O distinto deputado provavelmente não usa o transporte e nem a saúde pública, não anda nas rodovias paulistas com seus exorbitantes pedágios a cada menos de 100 km (pois deve andar de helicóptero, pago com os nossos impostos), não tem seus filhos em escolas públicas de lata, sem biblioteca, laboratório, quadra, livros; não depende de funcionários como médicos, policiais e professores, com salários defasados há mais de uma década. Enfim, este senhor deve viver do serviço público de outro país, não de nosso Estado."

FLÁVIO ALEXANDRE CAMARGO MANCINI (Barueri, SP)

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Lobão

"Como é difícil encontrar um cidadão 'limpo e puro' para assumir cargos públicos no Brasil. Os nossos homens públicos estão sempre mergulhados em atos de corrupção ou afins. Agora, estamos às voltas com o vice-rei do Maranhão, que quase não pôde ser indicado para o Ministério de Minas e Energia (o que ele entende disso?) em virtude de seu passado nada abonador. Com a sua ida ao ministério, assume no Senado o seu filho, o Edinho, este também mergulhado em denúncias de gatunagens e sonegação fiscal. É brincadeira! E o pior é que estas investigações são realizadas no âmbito dos Estados em que estão enraizados os feudos dos acusados. De Edinho em Edinho vamos levando com a barriga."

AMAURI DIAS CORRÊA (Santos, SP)

*

"Causa indignação a nomeação de Edison Lobão para o Ministério de Minas e Energia e a conseqüente ascensão de seu filho para a sua vaga no Senado?
Causa em pessoas que ainda tem tal capacidade. Causa em pessoas que lêem um editorial como 'Bom apetite' ( Opinião, 17/1). Mas quantos nós somos? Uma minoria que não tem capacidade de articulação, principalmente diante de uma população alienada e anestesiada."

JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

*

"Todas as evidências, inclusive as fotos do protocolar cumprimento presidencial ao novo ministro, parecem demonstrar um certo constrangimento do governo Lula, tendo que tolerar a indicação do senador Edison Lobão, do PMDB, para o Ministério das Minas e Energia. O presidente, que chegou até mesmo a cancelar a audiência para recepcionar o seu novo ministro, mostrou-se com um semblante tenso e até mesmo com o olhar desviado do seu interlocutor. Será que mesmo depois das impensadas alianças do PT, do mensalão, do Marcos Valério, do Sílvio Pereira, do Roberto Jefferson, do Duda Mendonça, do Delúbio Soares e demais encrencas assimiladas pelo seu governo, o presidente da República ainda encontre motivo para algum tipo de constrangimento?"

SINVALDO DO NASCIMENTO SOUZA (Rio de Janeiro, RJ)

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Aviação

"É inaceitável que os aeroportos brasileiros liderem o ranking mundial de atrasos de vôos. Um país continental como é o Brasil necessita de um sistema de transporte aéreo moderno, eficiente, ágil e seguro. Nada justifica o 'caos aéreo' e a ineficiência dos nossos aeroportos. Onde está a Anac? E o ministro Jobim? Queremos um Brasil moderno, onde as coisas funcionem bem e não um país mergulhado na incompetência e no atraso."

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

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Chávez

"Até agora Hugo Chávez parecia ser o que o povo humilde chama de doido manso. Trata-se de um sujeito que, embora mentalmente perturbado, desenvolvendo comportamentos excêntricos e extravagantes, não oferece riscos imediatos à comunidade, por ser de natureza pacífica e sociável. Infelizmente, assim como acontece de vez em quando com os doido-mansos, Chávez também está sujeito a surtos, ocasiões em que graves alterações de comportamento podem até mesmo ocasionar a necessidade de internação. Será que ao tentar fazer a estapafúrdia e despropositada defesa das Farc, pedindo que aqueles guerrilheiros deixassem de ser considerados terroristas, Chávez estava surtando? Infelizmente, Chávez dá sinais de que está 'endoidando de vez', motivo porque deve passar a merecer atenções especiais, pois pode estar prestes a se tornar um 'doido perigoso', daqueles que só são contidos com camisa de força, com o sério agravante de que seria um 'louco' com armas e poder."

JÚLIO FERREIRA (Recife, PE)

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Confecções

"Tenho certeza de que, no século 19, o texto do sr. Chang Up Jung a favor dos donos de confecção ('Tendências/Debates', 17/1) seria recebido com aplausos enluvados. Pensei que hoje em dia esse tipo de cinismo já tivesse sido desmascarado."

LAERTE COUTINHO (São Paulo, SP)

*

"Entendo a importância da pluralidade de idéias que devem marcar os textos de 'Opinião' publicados no jornal.
Não entendi, no entanto, o porquê da publicação do texto 'Roupa nem tão suja assim', visto que a matéria 'O preço de um vestido' ( Dinheiro, 16/12), contestada pelo advogado Chang Up Jung, estava, a meu ver, perfeita do ponto-de-vista jornalístico por garantir o contraditório das partes envolvidas.
A matéria era equilibrada porque, mesmo denunciando a situação dos trabalhadores bolivianos, dava espaço para as confecções se pronunciarem.
A Folha acabou abrindo um espaço privilegiado para afirmações do tipo '(...) inexiste exploração de mão-de-obra degradante ou em condição análoga à escravidão, nem mesmo contra os imigrantes dos países vizinhos, como bolivianos'.
Além do mais, o artigo segue apresentando uma interpretação esdrúxula da história da imigração no país como essa pérola: 'E olhem que esses imigrantes trabalharam até 15h/dia, muitas vezes sem descanso semanal, mas só temos memória dignificante de suas histórias como realizações orgulhosas a transmitir a seus descendentes, e não como lamúrias por terem servido às forças econômicas dominantes'. Lutar por uma carga de trabalho diária justa pode simplesmente ser chamado de lamúria?
De qualquer forma, reconheço que a publicação do artigo expressa a visão, a meu ver lamentável, de uma parcela do empresariado paulistano e de como essa visão deturpa inclusive uma leitura da história dessa cidade.
Para manter esse equilíbrio, sugiro que a Folha dê espaço para artigo de alguém que tenha uma visão contrária à expressa pelo advogado das empresas. Seja um representante do Ministério Público do Trabalho que atue na área, algum representante das universidades que desenvolva alguma pesquisa sobre esse tema ou mesmo o representante de algum sindicato do setor."

LUIS CELESTINO (São Paulo, SP)

 
 

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