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31/01/2008 - 02h30

Machado de Assis, perguntas, telefonia, multas, Carnaval, Bradesco

da Folha Online

Machado de Assis

"Em relação ao artigo 'A ilha da razão', por Ernane Guimarães Neto, não sou historiadora, sou economista, e, entretanto, para que se possa compreender a economia brasileira do século 19, é quase imprescindível ler os viajantes estrangeiros que por aqui passaram. Foi o que fiz por alguns anos, o que me permite opinar com segurança sobre o respectivo artigo no caderno Mais! de 27/1, a saber:
1) Itaguaí não era um 'nome', e lá se chegava bem perto, sim, a despeito das estradas de então.
2) Itaguaí era uma bela localidade, já elevada a vila em 1817.
3) Itaguaí era também o nome de uma serra, nada menos do que o da Serra do Mar.
4) Itaguaí era também o nome de um engenho de açúcar, situado na vila e na serra do mesmo nome e, aliás, dito ser, à época, o maior do Brasil.
5) Itaguaí ficava nas proximidades da Real Fazenda de Santa Cruz, fundada pelos jesuítas ainda no século 16 e, depois, residência ocasional do rei nos dias de verão."

CONCESSA LOUREIRO VAZ (Belo Horizonte, MG)

Resposta do jornalista Ernane Guimarães Neto - Ao dizer que, para Machado de Assis, "Itaguaí era um nome", a reportagem não nega a existência real ou a importância histórica de Itaguaí, mas, sim, apresenta a tese de que o escritor faz uso alegórico dessa localidade. Tenciona ainda afastar boatos existentes de que Machado viveu lá.

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Perguntas

"O artigo 'Perguntas que não querem calar', escrito por Ferreira Gullar ( Ilustrada, 27/1), só merece elogios. São perguntas profundas que exigem respostas urgentes. Somente a cultura de Ferreira Gullar para conseguir enumerar tantas indagações. Até quando as autoridades vão continuar enganando o povo brasileiro?
Parabéns. Este é o jornalismo verdadeiro."

RAIMUNDO ALVES FERNANDES, secretário de administração da Prefeitura de Batatais (Batatais, SP)

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Telefonia

"A concessionária de serviços públicos telefônicos Telemar (travestida de Oi fixo) é campeã de ações judiciais contra ela nos 19 Estados que monopoliza, por conta de muitos 'magistrados' inescrupulosos que prolatam sentenças indenizatórias ridículas, para que aquela empresa multinacional continua desrespeitando impunemente a lei. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Ministério Público federais devem impedir a compra da também prestadora telefônica Brasil Telecom pela Telemar."

ANTÔNIO CARLOS VIEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

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Multas

"Em vez de o governo federal aumentar o valor das multas, culpando e cobrando do povo, o respeito às leis de trânsito, ele deveria fazer primeiro a sua parte na conservação das estradas que estão em péssimas condições. Como podem cobrar de nós a responsabilidade se não cumprem as suas próprias obrigações?"

NEWTON BOLÍVAR GONÇALVES DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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"Absurda a justificativa sobre o aumento do valor das multas em até 60%. Dizer que é uma maneira de combater os acidentes é muita cara-de-pau, é tratar o contribuinte como palhaço. O que precisamos é de fiscalização e orientação, cursos de reciclagem, campanhas conscientes, estradas e ruas em excelente condição e ser mais rigorosos na concessão das habilitações. O que vemos são fiscais multando, ruas esburacadas e nenhuma orientação. Andem pelo final da Radial Leste e pela estrada de Itaquera-Guaianazes e verão do que eu falo. Chega de mentiras!"

LUIZ CLÁUDIO ZABATIERO (Campinas, SP)

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O bispo e a pílula

"Nas democracias laicas, as instituições religiosas não interferem nas políticas de Estado. Parabéns ao jornal Folha de S.Paulo pelo excelente editorial 'O bispo e a pílula' ( Opinião, 29/1), cujo conteúdo dignifica a mídia brasileira, revelando-se independente dos interesses da hierarquia da Igreja Católica."

ROBERTO ARRIADA LOREA, juiz de Direito (Porto Alegre, RS)

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"Está correto o arcebispo de Olinda, dom José Cardoso Sobrinho, ter entrado com representação no Ministério Público tentando um veto estadual à distribuição da pílula do dia seguinte. Como ela impede a fixação do ovo já fecundado no útero, ela é abortiva. Em 1991, Jerôme Lejeune, o grande médico geneticista francês que descobriu a causa genética da síndrome de Down (antes chamada de mongolismo), disse numa entrevista à revista 'Veja': 'Não quero repetir o óbvio, mas, na verdade, a vida humana começa na fecundação. Quando os 23 cromossomos masculinos transportados pelo espermatozóide se encontram com os 23 cromossomos da mulher, todos os dados genéticos que definem o novo ser humano já estão presentes. A fecundação é o marco do início da vida e daí para frente qualquer método para destruí-la é um assassinato'."

MARISA STUCCHI (São Paulo, SP)

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Bradesco

"Indiferente a turbulências como a recente crise que abateu as maiores instituições financeiras americanas, o Bradesco registrou outro lucro gigantesco, de mais de R$ 8 bilhões, confirmando a pujança ostentada pelo setor em nosso país e deixando para trás várias empresas do setor produtivo. Poucas nações têm proporcionado tanta lucratividade aos bancos como o Brasil. Enquanto isso, quase nada é revertido em prol dos usuários, e o atendimento é cada vez mais precário. Faltam funcionários nos horários de pico, o que faz gerar filas e grande descontentamento nas agências e, mesmo com toda a lucratividade obtida, as tarifas continuam elevadas e pouco é investido no bem-estar de funcionários e clientes.
Será que algum dia os banqueiros terão consciência da grande dívida social para com o Brasil, país que, mesmo com todas as carências, tem lhes proporcionado tantos privilégios ao longo dos anos?"

OMENDES GALDINO DE OLIVEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

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Propaganda

"Há de se refletir sobre o artigo crítico de Gilberto Dupas ('Tendências/Debates', 28/1). O autor retrata como a propaganda é capaz de construir objetos de desejos para os consumidores, mesmo que, para a venda dos produtos, seja necessário perverter valores tradicionais de nossa sociedade.
Um esquema de valores construídos historicamente que, bem ou mal, ponha algum limite entre o interesse público e a ganância privada, que conduza para a integração social, é pulverizado em nome da perversidade da lógica contemporânea do consumo de massa.
Onde vamos parar?"

EVERALDO COSTA (São Paulo, SP)

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Beatles em Israel

"Em relação à reportagem 'Israel envia aos Beatles carta de desculpas' ( Ilustrada, 29/1), gostaria de dizer que na época --junho de 1964, e não 1965, como diz a nota-- um amigo meu que morava em Israel, Fula Fridman, saiu de seu kibutz, Iassur, para dirigir-se até o estádio de Ramat Gan para comprar o ingresso para o show dos Beatles, em Tel Aviv. Um dia depois, o primeiro ministro David Ben Gurion proibiu o show pois achava que os Beatles, na época os 'Fab Four', fossem 'agentes de corrupção da juventude'. Meu amigo me ligou na época e xingou o primeiro-ministro de todos os nomes possíveis, dizendo que deveria ser cassado etc. etc.
Ao pedir desculpas aos Beatles e seus descendentes, o governo de Israel faz uma belíssima releitura histórica e destrava uma injustiça poética.
Ao ligar para o meu amigo ontem, lendo a reportagem, ele me disse sem meias palavras e com uma leve pontada de suspiro: 'eu sabia que Jeová também estava no 'Yellow Submarine''."

DAVID LINDENBAUM (São Paulo, SP)

 
 

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