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30/04/2010 - 02h30

Discriminação, urbanismo, futebol, Ficha Limpa

da Reportagem Local

Discriminação

"Em relação à reportagem 'CNBB critica adoção de crianças por gays' ( Cotidiano, 29/4), deve-se elogiar o impecável editorial 'Sem discriminação' ( Opinião, 29/4), além da posição da Folha de colocar opinião da CNBB, dos evangélicos e dos espíritas. Parece-me um marco jornalístico, ao assumir que o exercício da fé não pertence apenas à Igreja Católica. Também é importante verificarmos a autonomia da Justiça, em que pese a postura discriminatória da CNBB e de evangélicos. Quanto à Federação Espírita Brasileira, dela não poderia ser outra a posição que não fosse o acolhimento e a aceitação.
Quem sabe ainda chegaremos a jogar no lixo a divisão territorial baseada na opção sexual, passando a nomear a pessoa não como hetero, bi, homo etc., mas como ser em seu sentido mais amplo."

CARLOS ALBERTO PESSOA ROSA (Atibaia, SP)

-

Urbanismo

"Muito mal informada anda a leitora Jane Baruque ('São Paulo', 'Painel do Leitor', 25/4), que teve seu comentário publicado a respeito da São Paulo da década de 70.
Hoje, para quem frequenta a praça Roosevelt, como eu, sabe que uma nova São Paulo surge nela, a São Paulo da cultura alternativa. Os teatros que nela vieram apresentar seus excelentes espetáculos, como 'O Espaço dos Satyros', a 'Companhia dos Parlapatões', o 'Teatro Casa do Ator'... Além de cultura, eles trouxeram vida para a praça, que andava esquecida, com seus bares, livrarias e pessoas vindas de toda parte de São Paulo.
A Praça Roosevelt ainda abriga 'As Satyrianas', que são 72 horas ininterruptas de teatro na praça. Hoje, a Praça respira cultura, vida, poesia e teatro, tudo próximo à tão famosa rua da Consolação, junto dos moradores de rua e das pessoas que perambulam pela cidade a noite.
Esta é a verdadeira São Paulo, tão linda e tão trágica, dona de todos os públicos e de todas as desigualdades que uma grande cidade possa ter."

MICHELLE BERNARDES, professora (Mogi das Cruzes, SP)

*

"O caso do prédio na City Lapa ('Justiça define futuro de bairros planejados', Cotidiano, 28/4), embargado desde 1996 por pressão dos moradores daquele bairro, retrata fielmente a disputa, quase sempre desigual, entre construtoras e moradores desta cidade.
De um lado, nós, os habitantes, querendo preservar para nossas casas e ruas alguma qualidade de vida (como dispor de sol e aeração), e, de outro, as construtoras, um bando de lunáticos argentários querendo demolir casas e bairros inteiros para subir torres de 20, 30 andares, maximizando seus lucros.
Esses celerados, além de respaldo político (bancam campanhas de simpatizantes), contam com a ausência de um Plano Diretor eficiente que os impeça de agir a seu bel prazer. O resultado está aí: ruas totalmente verticalizadas, entupidas de carros, sem sol, sem verde e inabitáveis.
Como somar forças para impedir esse previsível caos urbano? Com a palavra os senhores membros do STJ."

GILBERTO ASSAD (São Paulo, SP)

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Futebol

"Sempre houve e haverá esportista que sabe a hora de 'parar' com a sua atividade, procurando, com isso, manter o seu prestígio e não correndo riscos de ver o seu nome sendo alvo de críticas e desrespeito. Mas muitos jogam com a possibilidade de ainda ganhar mais dinheiro, mesmo sabendo não terem mais condição.
Em se tratando do Ronaldo ('Ronaldo se enrola, e Corinthians perde 1ª na Libertadores', Esporte, 29/4), não seria o caso de ele pensar um pouco sobre essa situação? Depois de ter conquistado tanto prestígio, títulos e dinheiro, já começa passar por situações que, de uma certa forma, vêm abalando a sua condição de ídolo e, principalmente, de respeito. O atleta começa a sofrer apupos de antigos admiradores, receber apelidos e ser alvo de comparações que o fazem passar por circunstâncias ridículas, que, por certo, estão ameaçando o seu passado."

ÁLVARO MUNIZ (São Paulo, SP)

*

"Já estou farto de ouvir comentaristas dizendo que os jogadores de futebol precisam descansar para melhorar suas condições físicas.
Eu jogava futebol amador duas vezes por semana, por 180 minutos cada jogo. Nos demais dias, jogava futsal por mais de duas horas seguidas. Jamais pensei em descansar para recuperar a forma física.
Para mim, o fato de jogar futebol já era uma maneira de manter a forma física e mental. O pior é que vemos os times que descansam perderem jogos em razão da falta de ritmo de jogo. Uma equipe é formada dentro de campo, e não fora. O Fluminense, na Libertadores, após dez dias de descanso, levou um baile e perdeu de 4 e, por consequência, também perdeu a taça.
Ademais, os comentaristas também precisam parar de dizer que determinado jogador ganha jogo. Futebol é esporte coletivo. Ou todo o time ganha o jogo ou perde. Não se pode dizer que determinada árvore é mais importante na floresta. Todas tem a mesma importância. Caso contrário, não seria floresta. O mesmo se aplica na equipe de futebol. Não existe futebol sem goleiro, zagueiros, alas, meio-campistas e atacantes, mas os comentaristas parecem que não sabem disso, pois, para os coitados, existem somente os atacantes."

ALBERTO BENEDITO DE SOUZA (São Paulo, SP)

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Ficha Limpa

"Pela forma como está sendo redigido o projeto de lei 'Ficha Limpa' (suja), no capítulo efeito suspensivo, fica claro que o que os parlamentares estarão votando, em benefício próprio, nada mais é do que a legalização dos seus atos criminosos e as suas consequentes impunidades. Deus nos acuda!"

DAVID NETO (São Paulo, SP)

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Violência

"Em minha última visita ao Guarujá, no começo do ano passado, com um casal de ingleses, fomos assaltados em plena orla marítima, às 19h, bem ao lado do calçadão e longe da periferia.
Nenhuma viatura passou pelo local nos 30 minutos após o assalto, e, não fosse meu marido correr atrás do bandido, todos os pertences dos turistas ingleses teriam sido perdidos.
Os Estados Unidos estão certos ao divulgar a violência na Baixada Santista ('EUA desaconselham viagem ao Guarujá', Cotidiano, 27/4). O governo brasileiro, em vez de esconder a realidade, deveria também divulgar a verdade.
Aliás, os meus amigos ingleses, em sua visita ao Brasil no verão de 2010, preferiram aproveitar o verão no litoral baiano. Eu e minha família fizemos o mesmo!"

HELENA DE CAMPOS NOGUEIRA (São Paulo, SP)

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Igreja

"João Pereira Coutinho ('Caridades cristãs', Ilustrada, 27/4) observou muito bem que aqueles que tanto criticam o papa e se afirmam libertos do poder de Roma não deveriam perder tanto tempo em atacar o pensamento oficial da Igreja Católica. É isso que os católicos em si querem: respeito. Afinal, se o papa e a igreja se declarassem a favor do aborto, da camisinha etc., isso não mudaria muita coisa nas atitudes dos críticos laicistas. Apenas poderiam considerar a Igreja Católica 'mais simpática'. Porém, do mesmo modo, não iriam querer participar dela.
O que se deve levar em conta, e isso internamente na igreja, são as críticas daqueles católicos participantes e que querem o bem da igreja que amam e seguem. A igreja não perde fiéis, pois os 'fiéis' permanecem 'fiéis', não obstante as críticas muitas vezes 'cítricas' de pensadores não laicos, mas laicistas."

KELVIN KONZ (Florianópolis, SC)

 
 

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