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08/11/2011 - 09h33

Turismo 'demite' secretária e nomeia indicado pelo PMDB

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ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA

O ministro do Turismo, Gastão Vieira, recuou da indicação do nome de Suzana Dieckmann para a secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo e nomeou nesta terça- feira (8) Fábio Rios para o cargo.

Rios é uma indicação da bancada do PMDB na Câmara e Suzana ficará como assessora especial da pasta, segundo publicação do "Diário Oficial" da União de hoje.

Como a Folha revelou, Suzana tem uma filha que trabalha no ministério como coordenadora-geral de assuntos jurídicos, cargo hierarquicamente inferior ao da mãe. O ministério alega que está amparado por decreto da Presidência que foi elaborado pela CGU (Controladoria-Geral da União) específica para o caso.

Os ministros do STF ouvidos disseram avaliar que o decreto não pode contrariar a decisão antinepotismo do Supremo, proferida em 2008.

Segundo a assessoria do Turismo, Marcela Dieckmann deve ser exonerada no prazo de 30 dias, período que a mãe tem para tomar posse no novo posto.

A nomeação de Suzana no mês passado revoltou parte dos peemedebistas que queria indicar o nome para o cargo, vago desde a exoneração de Colbert Martins, preso na Operação Voucher, da Polícia Federal. Pressionado, Dias Vieira garantiu aos peemedebistas que já havia encaminhado a troca para a Casa Civil e aguardava a publicação do novo secretário.

Dias Vieira assumiu o ministério no dia 16 de setembro no lugar de Pedro Novais, que deixou o cargo após suspeitas de irregularidade na pasta e da revelação de uso de verba pública para pagamento da governanta do ministro.

ENTENDA

A situação do ex-ministro do Turismo Pedro Novais ficou insustentável no Planalto e dentro de seu próprio partido depois de duas revelações da Folha: a de que ele pagou com dinheiro público o salário de sua governanta por sete anos e a de que sua mulher usa irregularmente um funcionário da Câmara dos Deputados como motorista particular.

Ele estava em situação delicada desde o começo de agosto quando uma operação da Polícia Federal prendeu 35 pessoas, incluindo o então secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Costa.

Logo após a sua nomeação, em dezembro de 2010, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que Novais usou R$ 2.156 da sua cota parlamentar para pagar despesas de um motel em São Luís, em junho do ano passado.

No mesmo mês, a Folha mostrou que Novais foi flagrado em escutas da Polícia Federal pedindo ao empresário Fernando Sarney que beneficiasse um aliado na Justiça Federal.

 

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