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11/11/2011 - 20h55

Presidente da Alesp critica investigação de emendas

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MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), criticou nesta sexta-feira (11) as investigações sobre emendas parlamentares. Segundo ele, a apresentação de emendas é apenas uma "obrigação" dos deputados.

"Nós, deputados estaduais, estamos sendo acusados de cometer um crime por cumprir nossa obrigação. A função mais importante do deputado não é legislar nem fiscalizar, é representar as cidades, e hoje a gente é acusado como se fosse um crime fazer isso, ajudar um hospital, uma prefeitura", afirmou durante evento do governo estadual em Campinas (93 km de São Paulo).

"Graças a Deus, nesses dias turbulentos nós não precisamos temer porque sabiamente nosso povo escolheu o governador Geraldo Alckmin [PSDB], alguém que conduz com serenidade", disse o deputado. O governador estava ao lado de Barros Munhoz.

A polêmica a respeito da liberação de emendas parlamentares em São Paulo começou após o deputado Roque Barbiere (PTB) afirmar, em uma entrevista, que de 25% a 30% dos parlamentares enriqueceram negociando emendas com prefeituras e fazendo lobby para empreiteiras.

Cada deputado estadual tem direito a indicar emendas para a destinação de até R$ 2 milhões por ano.
No total, o governo paulista pagou R$ 283 milhões em indicações de 2010.

Reportagem da Folha mostrou que Munhoz conseguiu a liberação de pelo menos R$ 5,6 milhões em emendas no ano passado, mais do que o dobro do teto estipulado para os deputados. Questionado sobre o assunto na Assembleia no início do mês, o tucano não quis comentar.

O PT tentou abrir uma CPI para investigar o caso, mas não conseguiu número suficiente de assinaturas. Munhoz chegou a desdenhar da instalação da comissão. "CPI, no Brasil, só vocês da imprensa acreditam, mais ninguém", disse.

O Conselho de Ética da Assembleia encerrou as investigações sobre o suposto esquema, mas o caso é investigado em inquérito aberto pelo Ministério Público.

 

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