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Líderes contra a divisão do Pará evitam o 'já ganhou'
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AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM
RODRIGO VIZEU
ENVIADO ESPECIAL A SANTARÉM (PA)
SILVIO NAVARRO
ENVIADO ESPECIAL A MARABÁ (PA)
Lideranças da campanha contra a divisão do Pará comemoraram o resultado da pesquisa Datafolha que mostrou ser majoritária a rejeição à divisão, mas ponderam que é necessário manter a mobilização até o final.
"Foi excelente para nós, mas vamos continuar trabalhando até o último momento permitido pela legislação eleitoral", afirmou o deputado estadual Celso Sabino (PR), presidente da frente contra a criação do Estado do Tapajós.
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Justamente para evitar o clima de "já ganhou", a campanha contra a divisão do Pará realizou na manhã deste sábado (10) a última carreata em Belém do plebiscito.
De acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (9), 65% dos eleitores paraenses são contra a criação do Carajás (sudeste do Pará) e 64% são contra a criação do Tapajós (oeste).
Até as 22h de hoje, outras carreatas ocorrerão em diversos municípios do nordeste paraense, que se encontrarão em Castanhal (a 70 km de Belém) para marcar o encerramento da campanha.
As lideranças contra a divisão fizeram apelos durante a carreata para que os eleitores não deixem de votar.
Cerca de 50 carros e um trio elétrico percorreram diversos bairros da capital, das 9h até as 12h.
Amanhã os paraenses irão às urnas decidir se querem que o Estado se divida e dê origem a mais outros dois: Carajás (sudeste) e Tapajós (oeste). O Pará atual ficaria reduzido a 17% do território.
Como na última quinta-feira (8) foi feriado no Pará, um dos receios da campanha contra a divisão é que a abstenção em Belém prejudique a votação. Essa possibilidade anima os defensores da divisão.
PELA DIVISÃO
Nas regiões separatistas, as lideranças políticas tentam se manter otimistas.
Em Marabá, possível capital do Carajás, a campanha terminou com uma carreata na manhã de hoje, que teve a presença de políticos locais e contou com fogos de artifício.
"A pesquisa não muda nada na disposição e na crença de que é possível vencer", afirmou o presidente da frente pró-Carajás, deputado estadual João Salame (PPS).
Ele argumentou que o plebiscito é uma eleição atípica e que, por isso, as pesquisas podem errar.
A aposta dele é em uma alta abstenção na região de Belém devido à ausência de cabos eleitorais e candidatos para transportar eleitores para votar, como é comum no Pará em eleições normais, disse. "Não tem mobilização para isso, sobretudo no Pará remanescente. Na nossa região estamos mais organizados", afirmou.
Em Santarém, candidata a capital do Tapajós, o sábado foi de caminhadas e bandeiradas em favor da divisão.
Houve ainda uma carreata em Oriximiná, outra cidade da região.
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