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05/01/2012 - 10h23

Reação da indústria não altera quadro, diz economista

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PEDRO SOARES
DO RIO

A reação da indústria de outubro para novembro não altera o quadro de menor ritmo do setor e está longe de zerar as perdas do período de agosto a outubro, quando o setor acumulou uma retração de 2,6%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em novembro, a produção cresceu 0,3% ante outubro.

"Todos os resultados mostram um menor ritmo da indústria. Temos de relativizar esse crescimento [de 0,3%], que foi influenciado pela própria base de comparação mais fraca após três meses de queda", disse André Macedo, economista do IBGE.

Produção industrial cresce em novembro após três quedas, diz IBGE

Para Macedo, porém, a ligeira retomada da indústria em novembro está ligada também à menor importação por parte de alguns setores --em especial aqueles que sofrem concorrência de matérias-primas e insumos importados-- e a redução dos estoques.

De um modo geral, as importações perderam força em novembro diante do esfriamento da demanda doméstica e da desvalorização do real --o que torna os produtos importados menos competitivos frente aos nacionais.

Segundo o técnico do IBGE, há vários ramos que mencionam redução de estoques, com destaque para veículos. O número de veículos nos pátios, diz, caiu ao menor nível desde agosto, embora ainda se mantenha quase 30% superior ao patamar de novembro de 2010.

Na visão de Macedo, apesar dessa melhora "recente" do nível de estoques apontada por empresários, ainda há um acúmulo indesejável de produtos. Esse é um dos motivos que explicam o fraco desempenho da indústria no ano passado.

De janeiro a novembro, o setor registrou queda de 0,4%. Entre os setores, os piores desempenhos ficaram com têxtil (-14,7%), calçados e couro (-9,7%) e outros produtos químicos (-2,4%). Os três ramos estão entre os que mais sentem a concorrência de importados.

Já os destaques positivos foram registrados por veículos automotores (2,5%), outros equipamentos de transporte (8,5%) e minerais não metálicos (3,7%) --este último setor fabrica insumos para a construção civil, como ladrilhos e cimento.

 

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