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Líder diz que crises não paralisarão Congresso e pede prioridade em pautas
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MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), negou nesta terça-feira (27) que a crise entre o Planalto e a base aliada e as eleições municipais de outubro vão paralisar os trabalhos no Congresso neste ano.
Segundo o petista, os congressistas não devem "trabalhar com o taxímetro ligado", mas escolher uma pauta de votações com temas importantes para o país. Chingalia esteve hoje em um café da manhã oferecido pelo presidente em exercício da República, Marco Maia (PT-RS).
"Na medida em que nós escolhemos as principais matérias e a gente votar as principais matérias, sem nenhuma exceção, eu acho que o parlamento cumpre bem o seu papel. O processo eleitoral é só no segundo semestre. E aí tem uma tradição de haver um ritmo menor, mas isso compõe esse planejamento", disse.
Chinaglia reconheceu que o governo gostaria de já ter votado a Lei Geral da Copa. O líder, no entanto, defendeu que a matéria, que está em tramitação na Câmara, só seja analisada em abril.
A ideia é primeiro costurar um acordo em relação ao texto da reforma do Código Florestal. Os ruralistas ameaçam não votar a Lei Geral da Copa enquanto o código não for analisado, o que tem gerado paralisia na Câmara, evidenciando a crise com a base aliada.
Chinaglia disse que o novo código será votado antes da conferência Rio +20, em junho, mas não assegurou uma data. Ele afirmou que estão discutindo o mérito da matéria. O governo defende que seja mantido o projeto aprovado em dezembro pelo Senado, que julga ter sido o máximo de consenso entre ruralistas e ambientalistas.
O líder disse ainda que não há um temor de derrotas na Câmara e reclamou da pressão para convocação de ministros. Ele afirma que a presença de ministros na Casa não pode ser transformada em "pequenas guerrilhas" nem utilizadas politicamente. Em meio à crise com a base na semana passada, foram chamados os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento).
A ministra foi convocada pela Comissão de Trabalho da Câmara. Quando os parlamentares convocam, o ministro é obrigado a comparecer, enquanto no convite, ele tem a prerrogativa de agendar sua participação. Para Chinaglia, a convocação foi "deselegante".
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