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Imprensa indiana questiona compra de caças Rafale
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CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A NOVA DÉLI
A anunciada compra de 126 aviões franceses Rafale pela Índia caiu no pântano da suspeição: o canal de TV "Times Now" anunciou ter documentos que mostram questionamento de "oficiais superiores" não especificados quanto às condições da compra.
As objeções são de duas naturezas: o valor a ser pago pelos caças, no total calculado em cerca de US$ 15,732 bilhões; e a falta de clareza quanto à transferência de tecnologia.
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Os indianos têm requisitos de transferência tecnológica que implicam a construção do avião no país, como eles já fazem com o caça pesado russo Sukhoi-30.
Os dois itens aplicam-se exatamente à concorrência aberta pela FAB (Força Aérea Brasileira) para comprar 36 caças, um pacote no valor de aproximadamente R$ 10 bilhões.
Sebastien Dupont/AFP |
Caça Dassault Rafale decola em base aérea francesa |
O Rafale, o favorito no momento, é mais caro do que seus concorrentes, o norte-americano Boeing F-18 e o sueco Gripen, o preferido da FAB.
Transferência de tecnologia é considerado ponto essencial para a definição por um modelo, mesmo que seja mais caro que os concorrentes. Se há dúvidas sobre a real transferência de tecnologia, a compra dos caças pode emperrar de novo (a concorrência arrasta-se desde 2001 e já houve outros momentos em que o avião francês foi dado como seguro vencedor, até pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva).
Como informou reportagem da Folha desta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff vai aproveitar sua viagem à Índia para estudar a possibilidade de comprar o caça francês Dassault Rafale numa negociação que envolva os dois países.
Dilma, que está na Índia para encontro dos Brics, vai questionar o governo indiano sobre detalhes da compra, que ainda está em fase inicial e pode ser revertida.
A denúncia da "Times Now" certamente surgirá na conversa.
Segundo apurou a Folha, Dilma quer saber se é possível e vantajoso ao Brasil virar parceiro de Nova Déli caso também escolha o Rafale.
O ministro Celso Amorim (Defesa), que esteve na Índia no mês passado, disse ao Planalto que as condições de venda do Rafale são melhores na Índia, o que é natural dada a escala do negócio: aqui, são 36 unidades, contra os 126 lá.
Se mesmo as condições de venda à Índia, melhores que no Brasil, passam a ser questionadas, o natural é que se questione de novo o preço que a Dassault, fabricante dos aviões, pretende cobrar.
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