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PSDB ameaça paralisar votações na Câmara de SP por doação a Lula
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DO VALOR
Apesar de fazer parte da base aliada do prefeito, o líder do PSDB na Câmara de São Paulo, vereador Floriano Pesaro, ameaçou obstruir nesta terça-feira as votações caso fosse votado o projeto de lei que autoriza a concessão de dois terrenos municipais para o instituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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"Não sei por que a pressa para votar o projeto do Instituto Lula em congresso de comissões. A urgência desse projeto é zero", reclamou o tucano na reunião para definir a pauta de votações. "Quando questionamos o Poder Executivo na CCJ sobre aspectos do projeto que não estão claros, ficou o compromisso de quais as informações seriam dadas nas comissões de mérito", afirmou.
O PSDB votou contra a proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e queria que o projeto passasse pelas comissões temáticas. Os vereadores da base do governo, porém, queriam que o texto fosse direto para o chamado congresso de comissões, quando os representantes dos partidos se reúnem para dar todos os pareceres de uma vez.
"Isso pode atrapalhar o andamento dos demais projetos", ameaçou Pesaro. O presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), minimizou as críticas do aliado. "O projeto foi apresentado em 1º de janeiro. Já tivemos outros aprovados em nove dias nesta Casa. Não cabe aqui falar em aprovar a toque de caixa", disse.
Letícia Moreira - 3.mar.2012/Folhapress |
Área da região da cracolândia que foi doado ao Instituto Lula |
Para não ter dificuldades de votar outras matérias às vésperas do feriado de Páscoa --a Câmara precisa aprovar o reajuste para seus funcionários e do Tribunal de Contas do Município (TCM) nos próximos dias, ou ficará impedida de dar aumento por causa da legislação eleitoral--, os vereadores concordaram fazer o projeto do Instituto Lula passar apenas pelo congresso de comissões, mas não irá a votação em plenário nesta semana.
A proposta polêmica cede duas áreas de 4,4 mil metros quadrados para o ex-presidente Lula construir um museu sobre as lutas democráticas na Cracolândia, região do centro da capital paulista. A prefeitura não forneceu o valor dos terrenos, que são avaliados por corretores em cerca de R$ 20 milhões.
Embora a ideia de construir o museu fosse discutida desde 2011, o projeto foi entregue à Câmara em plena articulação do prefeito Gilberto Kassab (PSD) para apoiar o candidato do PT à prefeitura, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.
A aliança só não ocorreu devido à candidatura do ex-governador José Serra (PSDB), de quem Kassab foi vice-prefeito e tinha o compromisso de apoiar.
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