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18/04/2012 - 11h41

Cachoeira chega a Brasília e dividirá cela com mais presos

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DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

Atualizado às 11h56.

O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso desde o dia 29 de fevereiro sob acusação de envolvimento com uma máfia de jogos ilegais e corrupção de autoridades, já está no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde dividirá cela com mais presos.

Ele foi transferido da penitenciária de segurança máxima de Mossoró (RN) na manhã de hoje --ele veio em um voo comercial com escala em Fortaleza. O advogado que coordena sua defesa, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, está a caminho de Brasília.

Segundo a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, ele ficará no Centro de Detenção Provisória da Papuda, em uma área destinada a presos da Polícia Federal. Cachoeira ficará à disposição da Justiça por tempo indeterminado.

Segundo o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), ele veio em um voo comercial de Fortaleza, escoltado por policiais federais. O trajeto de Mossoró à capital cearense foi feito de carro.

Investigações da PF, por meio das operações Vegas e Monte Carlo sobre jogos de azar, indicam o envolvimento de agentes públicos e privados com o empresário. Há suspeitas de que empresários e políticos receberam dinheiro de Cachoeira para promover tráfico de influência a fim de, entre outras ações, aprovar propostas, no Congresso, que beneficiasse o setor.

MOSSORÓ

No presídio de Mossoró, Cachoeira ficava 22 horas trancado em uma cela sozinho sem ver ninguém. Tinha direito a apenas duas horas de sol por dia e conversava com as visitas por meio de um interfone sem ter contato físico.

De acordo com familiares, ele emagreceu 16 kg, teve o cabelo raspado e está deprimido. Chegou a passar mal e precisou ser atendido por médicos.

Sua defesa alegou que Cachoeira não representa risco à sociedade para ficar detido em uma unidade de segurança máxima.

Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo. Segundo a investigação, o grupo de Cachoeira cometeu os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, entre outros, para sustentar uma máfia de jogos.

A Operação Monte Carlo envolve o nome de parlamentares, entre eles o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), um grupo de deputados e integrantes dos governos de Goiás e Distrito Federal. O Congresso protocolou ontem um pedido de CPI para investigar o caso.

Com Agência Brasil

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