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CPI aprova quebra dos sigilos de Demóstenes Torres
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ERICH DECAT
ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA
Integrantes da CPI do Cachoeira aprovaram nesta quarta-feira (30), por unanimidade, a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e do e-mail do senador Demóstenes Torres (EX-DEM-GO).
O requerimento é de autoria do deputado Dr.Rosinha (PT-PR) e determina uma busca nos dados de Demóstenes referentes ao período de janeiro de 2002 até a data de hoje.
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"Tendo em vista o objetivo de investigar as práticas criminosas e as ramificações do senhor Carlos Augusto de Almeida Ramos, entende-se fundamental a quebra dos sigilos", justifica o deputado.
A sessão é comandada pelo vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Antes da apresentação do requerimento de Dr.Rosinha, a comissão decidiu adiar pela terceira vez o pedido de quebra do sigilo telefônico do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O relator do colegiado, deputado Odair Cunha (PT-MG), chegou a pedir que fosse incluída no requerimento a quebra dos sigilos bancários e fiscal do tucano. Por falta de acordo, a votação foi adiada.
Também não houve consenso para votação dos requerimentos que tratavam da quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos deputados Sandes Junior (PP-GO), Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ).
Waldemir Barreto - 29.mai.2012/Agência Senado | ||
Conselho de Ética ouviu ontem o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), acusado de quebra de decoro parlamentar por suposto envolvimento com Carlinhos Cachoeira |
CONSELHO DE ÉTICA
Em depoimento ao Conselho de Ética do Senado, nesta terça-feira, rebateu as acusações de que teria atuado em favor de Cachoeira ou que teria participação em negócios ilícitos conduzidos pelo empresário.
No depoimento, que durou cerca de cinco horas, o senador disse que enfrenta o "pior momento" da sua vida por ser vítima de uma "campanha sistemática orquestrada" para prejudicá-lo.
Disposto a falar sobre todas as acusações da Polícia Federal, e não apenas sobre o processo que tramita no conselho, o senador negou ter recebido R$ 3 milhões de Cachoeira, como supõe um dos diálogos da operação.
"Estou entregando cópia de minha duas contas, provando que no período em nenhum momento foi depositado R$ 1 milhão em minha conta. Nem R$ 1 milhão, nem R$ 1 mil, nem R$ 3 milhões, em nenhum momento isso entrou na minha conta ou me foi dado de qualquer outra maneira."
Sobre os R$ 20 mil que teriam sido entregues a ele pela organização de Cachoeira, Demóstenes disse que os áudios captaram um diálogo truncado --uma vez que nunca recebeu os recursos. O operador de Cachoeira, Gleyb Ferreira, teria ido à sua casa na véspera de seu segundo casamento para lhe entregar um presente, mas não o dinheiro, como o áudio dá a entender.
A defesa do senador vai pedir hoje à CPI para dispensá-lo do depoimento marcado para quinta-feira (31) na comissão.
O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, vai entregar petição à CPI com o pedido de dispensa, solicitando que a comissão peça ao Conselho de Ética do Senado cópia do depoimento concedido ontem por Demóstenes.
Kakay, como o advogado é conhecido, argumenta que Demóstenes já disse "tudo o que tinha para falar" e não deve ser chamado novamente a depor.
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