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08/06/2012 - 10h17

Sem quórum, CPI da Arapongagem perde força no DF

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ERICH DECAT
DE BRASÍLIA

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) prevista para investigar a suposta utilização de grampos ilegais pelo governo do Distrito Federal, de Agnelo Queiroz (PT) foi enterrada antes mesmo da realização da escolha do presidente do colegiado e do relator.

Na sessão prevista para a escolha dos dois principais postos da CPI, realizada na quarta-feira (6), apareceu apenas a autora do pedido de investigação, a deputada Celina Leão (PSD).

Composta por cinco integrantes, a CPI da Arapongagem, como ficou conhecida, chegou a contar com a assinatura de 11 deputados distritais para a sua criação, sendo que o mínimo era o apoio de oito.

"É muito negativo. Chega a ser ridículo o que aconteceu", afirmou Celina Leão.

Segundo ela, a debandada foi orquestrada por integrantes da base aliada do governador Agnelo Queiroz. "O jogo foi muito pesado. Chegou-se a chamar parlamentares para dizer que iriam perder as secretarias. Se a gente deixar por isso mesmo estamos liberando a arapongagem. A Câmara Legislativa perdeu uma grande oportunidade", disse a deputada que pretende recorrer ao TJ-DF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) na próxima semana numa tentativa de assegurar as investigações contra Agnelo.

A comissão foi criada em 17 de abril para investigar a atuação de policiais militares lotados na Casa Militar que fica localizada na sede do governo do Distrito Federal. Os militares fariam parte de um grupo de inteligência que tiveram entre outros supostos alvos o vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB). Também estaria na lista daqueles que tiveram as informações pessoais acessadas o deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR).

Procurado pela Folha, o governador Agnelo Queiroz disse, por meio da assessoria, que não trata sobre CPI e que o tema deve ficar restrito à Câmara Legislativa.

Para a deputada Celina Leão, o esvaziamento da comissão também deve beneficiar Agnelo que na próxima quarta-feira (13) em que deve comparecer à CPI do Cachoeira no Congresso.

Na ocasião, o petista deve responder sobre o possível envolvimento com o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido com Carlinhos Cachoeira. "Fizeram tudo pensado para enterrar a CPI antes da ida dele ao Congresso", afirmou a deputada.

 

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