Apesar de intervenção, situação do PSD em BH depende da Justiça Eleitoral

A intervenção na comissão provisória do PSD de Belo Horizonte promovida nesta quinta-feira (5) pela Executiva nacional do partido não acaba com a dúvida sobre a coligação com que a sigla se aliará na capital mineira.

Apenas a Justiça Eleitoral poderá decidir se o PSD ficará na coligação do prefeito Marcio Lacerda (PSB), que tenta a reeleição, ou na coligação do ex-ministro Patrus Ananias (PT).

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O racha no PSD de Minas ocorreu após o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, acertar com a presidente Dilma Rousseff o apoio de seu partido ao candidato petista.

Enquanto Kassab negociava em Brasília essa posição, 9 dos 15 integrantes da comissão do PSD-BH registraram a ata da convenção fechando apoio ao candidato do PSB.

Nessa articulação estavam os aliados do senador Aécio Neves (PSDB) em Minas, como o então secretário-geral do PSD no Estado e em BH, Alexandre Silveira --secretário de Gestão Metropolitana do governo Antonio Anastasia (PSDB-MG).

Kassab, então, nomeou uma comissão interventora no PSD-BH --formada pelo presidente do PSD-MG, Paulo Simão, três deputados federais (Walter Tosta, Ademir Camilo e Diego Andrade), e um advogado--, que destituiu a comissão anterior e deu entrada no mesmo dia com outro documento na Justiça Eleitoral.

Simão disse que a ata da convenção definindo coligação com o PSB deixou de valer porque se tratava da coligação partidária antes de o PT romper a aliança com Lacerda. Depois desse rompimento, houve nova recomposição de forças, afirma.

Silveira, do setor do PSD pró-Lacerda, sustenta que a decisão da convenção de 23 de junho foi definitiva porque não deu autorização para que nenhuma Executiva do partido pudesse negociar posteriormente até o dia 5, como é costume em alguns partidos.

Diante de duas situações opostas, caberá à Justiça definir se o PSD ficará com Lacerda ou com Patrus.

O PT rompeu a aliança que tinha com o PSB e o PSDB após Lacerda vetar a presença do PT na chapa de vereadores. O PSDB pressionou para o prefeito não ceder ao PT.

Ao registrarem suas chapas, Lacerda e Patrus incluíram o PSD em suas coligações.

A Justiça Eleitoral informou que não é possível prever quando essa questão estará resolvida. Até 5 de agosto a Justiça tem que dar o aval aos registros de candidaturas.