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13/07/2012 - 05h30

Análise: Com cassação, recesso e eleição, ímpeto da CPI tende a diminuir

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FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

Prever o desfecho de uma CPI é tarefa inglória. Há muitos fatores imponderáveis. Ainda assim, no caso da CPI do Cachoeira, a tendência natural é o arrefecimento do ímpeto investigatório.

Há três razões para que isso ocorra: 1) o sentimento de dever cumprido com a cassação do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO); 2) o recesso congressual e as eleições municipais e 3) a inexistência, por enquanto, de novos vídeos contra políticos.

Em geral, CPIs resultam em cassações e em um relatório final recomendando providências por parte do Ministério Público. Com a expulsão de Demóstenes, os senadores se julgam no direito de dizer que cortaram na carne.

Na mesma linha, a Câmara aproveitou e já engavetou as investigações contra três deputados que apareciam citados no caso Cachoeira.

Só foi mantida a dúvida contra um deles, Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), mas a conclusão desse processo não tem prazo.

É que agora também haverá um remanso prolongado no Congresso. Deveriam voltar ao trabalho em agosto. Mas por causa das eleições municipais de outubro, o Poder Legislativo ficará esvaziado até o início de novembro.

A CPI do Cachoeira entra em férias também a partir da semana que vem. Ninguém será ouvido nem proposições serão votadas.

Por fim, Brasília se acostumou com escândalos gravados em vídeo. As contas da empreiteira Delta demonstram haver indícios de irregularidades com dinheiro público, mas são histórias complicadas para gerar grande repercussão nos telejornais.

Não está claro se no material apreendido na casa de Cachoeira havia uma coleção de vídeos que ele teria feito.

Se essa suposta videoteca não for divulgada, a CPI ficará restrita a analisar sigilos bancários e fiscais. Um material relevante, mas sem o poder midiático das imagens.

 

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