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18/07/2012 - 13h36

Morte de agente da PF não intimida investigações, diz presidente da CPI

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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse nesta quarta-feira que a morte de um dos agentes da Polícia Federal que atuou na Operação Monte Carlo não intimida os trabalhos da comissão.

Ao afirmar que a CPI não pretende investigar o assassinato até que a PF tenha respostas sobre o crime, Vital disse que o momento é de esperar o desenrolar do caso.

"Não há nenhuma ameaça, intimidação. O clima na CPI é de absoluta tranquilidade. Inicialmente, é um caso da polícia", afirmou.

O senador disse que integrantes da Polícia Federal, que colaboram com as investigações na comissão, vão acompanhar os trabalhos da PF informando os congressistas sobre o caso. Vital evitou fazer ilações sobre a morte do policial, assassinado enquanto visitava o túmulo dos pais em Brasília.

"Se tiver algum tipo de ligação com o fato determinante, vamos tomar providências. Mas a polícia é que tem que me dar as respostas."

MORTE

O policial Wilton Tapajós Macedo estava no cemitério Campo da Esperança, em Brasília, onde foi assassinado ontem com dois tiros na cabeça. Segundo a versão oficial da PF, Tapajós, como era conhecido, visitava o túmulo dos pais.

Porém, como ele estava no local em horário de trabalho, colegas levantaram a suspeita de que ele estava em missão. Foram instaurados dois inquéritos para investigar o caso, um da Polícia Civil do Distrito Federal e outro da própria PF.

Há várias linhas de investigação. Uma delas é que ele tenha sido vítima de latrocínio, uma vez que o automóvel com que chegou ao local onde foi morto, um Gol branco, foi levado.

Tapajós, 56, trabalhava na PF há 24 anos. Atualmente estava lotado no Núcleo de Inteligência Policial da Superintendência da PF no Distrito Federal, exatamente a unidade que comandou a Monte Carlo - operação responsável por prender o empresário Carlinhos Cachoeira.

BALANÇO

Vital do Rêgo fez hoje um balanço do trabalhos da CPI nos três primeiros meses do ano. Disse que, apesar de "dificuldades" por lidar com uma investigação já avançada no Ministério Público e na PF, a CPI cumpriu o seu objetivo.

"Não me sinto frustrado nesses primeiros três meses porque vencemos o desafio do descrédito, vamos vencer o do esvaziamento, o do questionamento, e todos os problemas jurídicos."

Nos três meses de trabalho, a CPI do Cachoeira ouviu 24 pessoas, mas 13 delas se mantiveram em silêncio - se recusando a responder perguntas da comissão. O presidente da comissão minimizou os silêncios excessivos.

"Eles não quiseram exercer qualquer mecanismo de defesa sob pena dessas defesas estarem sendo postas antes das audiências em que estariam sendo apenados", afirmou.

O senador disse que o "principal legado" da comissão será oferecer um "pacote legislativo" com projetos que permitam combater crimes de contrabando, evasão fiscal e licitatórios.

Segundo Vital, foram aprovados 480 dos 715 requerimentos apresentados à comissão. A CPI também teve acesso a 384 sigilos bancários, 58 fiscais e 374 telefônicos.

 

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