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25/07/2012 - 06h00

Deputado Pedro Henry diz que será absolvido e critica a mídia

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ERICH DECAT
DE BRASÍLIA

Réu do mensalão, o deputado federal Pedro Henry (PP-MT) afirma que reza todos os dias pelo início do julgamento, previsto para começar no próximo dia 2, no STF (Supremo Tribunal Federal).

Alan Marques/Folhapress
Deputado federal Pedro Henry (PP-MT)
Deputado federal Pedro Henry (PP-MT)

"Eu tenho certeza absoluta [de que serei absolvido]. Não há como condenar alguém por algo que não tenha feito", diz Pedro Henry.
Além dele, outros 37 réus serão julgados por suposto envolvimento no esquema de compra de votos de congressistas em troca de apoio à aprovação de matérias de interesse do governo Lula.

Para Henry, que não disputará as próximas eleições municipais, a imagem das legendas citadas no caso não será abalada: "Os partidos não têm nada a ver com isso. Quem tem são as pessoas. A imagem das pessoas já está abalada há muito tempo".

Parte desse abalo, diz ele, deve-se à cobertura da imprensa sobre o mensalão. "Vocês da imprensa fazem esse favor de condenar antes de julgar. Vocês fazem isso com a gente", afirma o deputado.

Henry era líder do PP na Câmara e, segundo a Procuradoria-Geral da República, atuaria em conjunto com os colegas de bancada José Janene (PR) e Pedro Corrêa (PE), então presidente da legenda. Os três teriam recebido, entre 2003 e 2004, R$ 2,9 milhões a serem distribuídos entre políticos da sigla para votarem a favor do governo.

Henry chegou a ter processo de cassação do mandato julgado pelo plenário da Câmara. Foi absolvido. Na ocasião, citou trechos de "A Metarmofose", de Franz Kafka. Ele, no entanto, não soube dizer se, de lá para cá, houve mudanças na forma de fazer política. "Não vou assegurar. Acho que a sociedade está se envolvendo cada vez mais, mas tem feito julgamento antecipado desse processo."

No STF, Henry responde por crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Corrêa teve o mandato cassado em 2006 pela Câmara e responde pelos mesmos crimes. Janene morreu em 2010.

"O procurador não provou qualquer envolvimento meu em nada... A tese desse imbróglio todo é que havia favorecimento do governo, e eu, como líder do partido, entrei nesse bolo", disse Henry. "Sou a pessoa mais interessada para que esse julgamento aconteça logo para tirar essa espada da minha cabeça."

 

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