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Supremo retoma julgamento do mensalão com voto de Ayres Britto
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DE SÃO PAULO
O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma nesta quinta-feira o julgamento do mensalão com o voto do presidente da corte, ministro Carlos Ayres Britto, sobre as acusações de desvios de dinheiro da Câmara e do Banco do Brasil.
Na sessão de hoje, a 17ª dedicada ao caso, o ministro vai dar seu veredito sobre crimes imputados ao deputado federal João Paulo Cunha (PT-DF). Ele é acusado de ter beneficiado a SMP&B, agência de Marcos Valério, quando era presidente da Câmara dos Deputados em troca de R$ 50 mil.
Segundo a denúncia, ele teria permitido que a agência desviasse R$ 1 milhão do contrato e ainda teria usado a empresa para subcontratar, com dinheiro público, um assessor pessoal.
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A sessão de hoje será transmitida ao vivo pelo site da Folha e também TV Justiça (canal 53-UHF em Brasília), pela Rádio Justiça (104.7 FM em Brasília) e também pela internet.
As outras acusações que serão analisadas hoje pelo ministro são contra Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil. Ele teria permitido que a DNA, outra agência de Valério, desviasse R$ 2,9 milhões de um contrato de publicidade com o BB e teria autorizado, segundo a procuradoria, o adiantamento de R$ 73,8 milhões pagos do fundo Visanet para a agência.
Faltando apenas a apresentação do voto de Ayres Britto, o STF já reuniu a maioria necessária pela condenação de cinco réus do mensalão pelos desvios de recursos públicos da Câmara e do Banco do Brasil.
São considerados culpados pela maioria o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, ligado ao PT, além do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e de dois ex-sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, que atuaram nos dois casos.
FATIAMENTO
Os ministros dividiram a análise do caso em duas partes. A primeira começou no dia 2 de agosto com a exposição do caso, a acusação da procuradoria-geral da República e as defesas dos réus.
Nesta segunda etapa do julgamento, as sessões têm início marcado para as 14h, e ocorrem três vezes por semana, às segundas, quartas e quintas.
O cronograma foi estabelecido pelos próprios ministros, mas pode sofrer mudanças como atrasos, que podem correr com a votação de questões de ordem eventualmente levantadas por advogados dos réus.
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