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Prefeito de Campinas parte para o ataque na campanha eleitoral
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DE CAMPINAS
Em queda nas últimas pesquisas eleitorais, o prefeito de Campinas (93 km de SP) e candidato à reeleição, Pedro Serafim (PDT), partiu para o ataque no horário eleitoral desta semana contra seus dois principais adversários na disputa.
O pedetista apareceu com 12% das intenções de voto na última pesquisa Ibope, divulgada em 31 de agosto. No levantamento anterior, publicado em 20 de julho, tinha 17%. Jonas Donizette (PSB) já liderava com 43% e foi para 50%.
O candidato Marcio Pochmann (PT) subiu de 1% para 8%, chegando a um empate técnico com Serafim, já que a margem de erro do levantamento é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.
Na segunda-feira (3), o programa eleitoral do pedetista direcionou críticas aos rivais pela primeira vez. A mensagem foi repetida nesta quarta (5).
Logo no início do programa, um narrador lê um texto que aparece em fundo negro e diz que "Pedro está sendo atacado por Macio e Jonas [...] que poderiam ter sido candidatos nas eleições indiretas. Mas Marcio Pochmann, por exemplo [...] não teve coragem de ser candidato".
"Jonas Donizette, que hoje ataca Pedro em todos os seus programas eleitorais, não foi visto uma única vez em Campinas no momento da crise", segue o texto.
O programa faz referência à crise política pela qual a cidade passou em 2011, com quatro trocas de prefeito depois que a Câmara Municipal cassou o ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) e seu vice, Demétrio Vilagra (PT), que chegou a assumir a administração.
CRISE
Os dois foram acusados pelos vereadores de não terem impedido um suposto esquema de corrupção, denunciado pelo Ministério Público. Eles negam.
Serafim, que era presidente da Câmara, assumiu interinamente a prefeitura e, em abril deste ano, os vereadores o elegeram indiretamente para um mandato-tampão até o final de 2012.
Ainda em referência à crise, o programa eleitoral diz que o PT "só não governa a cidade hoje porque se afogou em denúncias de corrupção". Ao final, o programa diz que Donizette, como deputado federal, votou contra o aumento do salário mínimo acima da inflação.
O PT informou que já entrou com pedido de resposta para contestar as afirmações.
O advogado da campanha de Donizette, Flávio Pereira, disse que encaminhou à Justiça dois pedidos de resposta, um sobre os supostos ataques do candidato a Serafim --que, segundo ele, não aconteceram-- e outro sobre a votação do salário mínimo.
"O voto do Jonas foi a favor do projeto do governo, que prevê uma recuperação do salário mínimo a longo prazo. Eles [coligação de Serafim] falsearam a verdade com uma versão descontextualizada", disse. (MARÍLIA ROCHA)
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