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Candidatos do PT e do PSB viram alvo em debate no Recife
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FABIO GUIBU
DE RECIFE
Os candidatos a prefeito de Recife Mendonça Filho (DEM) e Daniel Coelho (PSDB) uniram seus discursos contra os adversários Geraldo Júlio (PSB) e Humberto Costa (PT), no debate promovido na noite de domingo pela Folha e Rede TV!, na capital pernambucana.
"Tem dois candidatos aqui que representam a continuidade: Humberto, o original, e Geraldo, o genérico", disse o democrata, na tentativa de responsabilizar o petista e o socialista pelos problemas enfrentados pela gestão municipal.
Ex-aliados, PT e PSB romperam a coligação este ano, após a cúpula petista impedir a tentativa de reeleição do atual prefeito, João da Costa (PT), que tem como vice Milton Coelho (PSB).
"A marca do governo PT-PSB é a ausência total de planejamento, disse Mendonça", pouco antes de o tucano acusar a campanha socialista de copiar o programa de governo do atual prefeito.
"O programa de governo dos dois é idêntico, para não dizer praticamente igual", disse Daniel. "Geraldo está repetindo as mesmas promessas de quatro anos atrás", declarou.
O candidato do PSB se defendeu jogando a responsabilidade da gestão municipal em apenas um partido, o PT.
"O governo que vem acontecendo na cidade de Recife é um governo do PT, liderado pelo prefeito João da Costa", disse o socialista, sem ser contestado por Humberto Costa.
No debate, Geraldo foi questionado sobre as doações ocultas que predominam na sua campanha e sobre seu comportamento diante da eventual pressão das empresas doadoras para que sejam beneficiadas, caso vença a eleição.
"Não temo essa pressão", declarou o socialista. "Está tudo prestado contas, os doadores são públicos e estão lá, divulgados", disse. "Estou absolutamente tranquilo, dentro da lei."
Humberto Costa, que teve sua candidatura indicada pelo partido após o veto à tentativa de reeleição do atual prefeito, negou que tenha se candidatado por imposição.
"Eu atendi a um pedido de um pernambucano, o primeiro pernambucano a ser presidente da República, o presidente Lula", afirmou. "Atendi também a um pedido da presidenta Dilma, todos preocupados que nós pudéssemos dar continuidade a um projeto que melhorou a vida da população."
Mesmo rompido com o PT, Geraldo Júlio manteve no debate o discurso de aliança com o governo federal. ªNão há atrito nenhum com o Palácio do Planaltoº, disse. ªOs 14 partidos que me apoiam são partidos da base da presidenta Dilma."
O candidato socialista, que é apoiado pelo governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, voltou a repetir que, se eleito, governará "junto com a presidenta Dilma". E aproveitou para provocar os petistas.
"Como secretário, tive a oportunidade de captar muitos recursos no governo Lula e também no governo Dilma", declarou. "Milhões de reais, muito mais, por exemplo, que a Prefeitura de Recife conseguiu."
Humberto Costa foi ainda instado a falar sobre o mensalão, mas disse que não tinha "nada a ver com tudo o que aconteceu" e que o assunto está com a Justiça.
"Isso não traz nenhuma repercussão sobre a nossa candidatura, até porque o povo já julgou essa questão quando reelegeu o presidente Lula em 2006 e elegeu a presidenta Dilma em 2010", afirmou o petista.
O debate foi mediado pelo jornalista Kennedy Alencar, apresentador da RedeTV!. Os jornalistas Eduardo Scolese, da Folha, e Marcos Sugahara, da RedeTV!, fizeram perguntas aos candidatos.
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