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10/09/2012 - 21h21

Dilma estreia em programa eleitoral de Patrus em BH

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PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

A presidente Dilma Rousseff fez a sua estreia na noite desta segunda-feira (10) no programa do candidato Patrus Ananias (PT), que concorre à Prefeitura de Belo Horizonte.

Citando sua naturalidade belo-horizontina e o cargo de chefe do Executivo federal, a presidente disse que terá "alegria" e "tranquilidade" se Patrus for eleito.

"Como belo-horizontina, sentiria muita alegria de tê-lo como prefeito. Como presidenta, teria toda a tranquilidade de ter um parceiro ao meu lado, trabalhando por nosso povo e por nossa querida cidade", disse Dilma.

A presidente apareceu duas vezes no programa. Na abertura, durante 38 segundos, e no encerramento, quando fechou a propaganda citando o bordão de campanha do petista: "Patrus é um prefeito de ação e de coração".

Ela encerrou não só o programa de Patrus, mas também todo o horário eleitoral. A sua fala foi a última antes de entrar no ar a novela "Avenida Brasil", da TV Globo, a maior audiência no horário das 21h.

A presidente disse conhecer Patrus há muitos anos e falou dele como "fundamental" na condução do programa Bolsa Família.

A entrada de Dilma na campanha eleitoral a 27 dias do pleito é um dos últimos cartuchos que o PT tem para tentar mudar o quadro eleitoral na cidade, hoje favorável ao prefeito Marcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição.

Segundo as pesquisas, a vantagem de Lacerda sobre Patrus é de 16 pontos (Datafolha) e 14 pontos (Ibope).

A participação de Dilma nos programas de Patrus será dosada e monitorada por pesquisas. Antes dela, a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi explorada intensamente por 12 dias.

A imagem de Lula cedeu espaço para uma campanha mais agressiva, de "desconstrução" da imagem de Lacerda. A tática é confrontar as promessas dele em 2008 com as suas realizações. No programa desta noite, Dilma dividiu o espaço com essa estratégia.

ROMPIMENTO

Publicamente, Dilma só aparece agora na campanha. A participação dela, contudo, se deu nos primeiros dias de julho, quando o PT decidiu que teria candidato próprio após o rompimento da aliança que tinha com PSB e PSDB.

O rompimento da aliança pelo prefeito, a quem ela elogiava, deixou Dilma irritada. Por isso ela se empenhou para colocar o PMDB e o PSD, presidido pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, na aliança petista na cidade.

O esforço de Dilma para ter o PSD não deu certo, nem mesmo com a intervenção na comissão provisória do partido em BH feita por Kassab.

Os aliados do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no PSD foram rápidos e registraram na Justiça Eleitoral o apoio a Lacerda. Desde então, têm sido vitoriosos em todas as instâncias da Justiça, que não fez prosperar os recursos apresentados pelo PSD mineiro aliado a Kassab.

 

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