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24/09/2012 - 04h00

Lula ignora mensalão em palanques do ABC

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BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

Na volta aos palanques do ABC, neste fim de semana, o ex-presidente Lula ignorou o julgamento do mensalão e disse sentir saudades do poder e da militância sindical em porta de fábrica.

Ele abandonou o candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para atuar como cabo eleitoral em São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema. A maratona continua hoje em Mauá.

"Depois o pessoal quer que eu vá a Guarulhos, Osasco. O Claudinho da Geladeira quer que eu vá a Rio Grande da Serra...", contou anteontem.

"Não sei se vai dar para ir em tudo quanto é lugar, mas vou falar menos e tentar cobrir o maior número de cidades possível para pedir voto."

Dias depois de articular um manifesto de partidos aliados em sua própria defesa, no qual a oposição foi acusada de "golpismo", Lula omitiu o escândalo e investiu nos elogios ao seu partido.

"Quando fazem críticas ao PT, a gente tem que fechar os olhos e imaginar o Brasil sem o PT. Não seria esse país alegre e orgulhoso que é", disse ontem, em Santo André.

Em São Bernardo, na véspera, ele defendeu a presença na coligação de Luiz Marinho do DEM, um dos alvos do manifesto, e disse que "não falta nego safado neste país para fazer provocação" ao PT.

No retorno ao seu berço político depois do câncer na laringe, Lula falou para plateias com menos de 3.000 pessoas. Apesar do público reduzido, foi ouvido com veneração por seguidores fiéis como o ex-metalúrgico Heleno Lopes, 66, que exibia uma carteirinha do sindicato assinada pelo petista em 1978.

Em todos os discursos, disse sentir saudade dos tempos em que podia tomar uma cachaça, em vez de água, antes de falar aos companheiros.

"Quando eu ia na porta de fábrica, eu tomava era uma caninha de manhã. Agora tenho que tomar uma aguinha", reclamou anteontem.

"Quando eu era presidente, tinha 50 pessoas me dando água. Agora que não sou, nem a Marisa quer mais me dar água. Isso não tá certo..."

Os médicos do petista já suspenderam o veto total ao álcool. Na semana passada, ele se deixou fotografar com um copo de cerveja na mão.

 

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