Voto de novo ministro em julgamento do mensalão é decisão pessoal, diz Gurgel

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta terça-feira (25) que a eventual participação de Teori Zavascki, indicado para ocupar o cargo de ministro STF (Supremo Tribunal Federal), no julgamento do processo do mensalão é uma decisão pessoal, que é como está previsto no regimento do Supremo. A possível presença de Zavascki no julgamento, entretanto, não é consensual entre ministros do Supremo.

"O regimento [do Supremo] prevê que o ministro poderá participar da votação desde que se considere habilitado" disse.

Zavascki ainda precisa ser aprovado em sabatina no Senado. A análise da indicação começou hoje, mas está prevista para ser concluída depois das eleições municipais de outubro.

Como não há novas sessões do plenário da Casa convocadas para antes das eleições, o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), decidiu adiar a sabatina.

"De que adianta fazer a sabatina na comissão se não poderemos votar a indicação no plenário? Acho que o Congresso não funciona antes do dia 7 de outubro. Eu mesmo tenho dois comícios amanhã do meu ex-coordenador de campanha", disse o senador.