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08/10/2012 - 03h12

Condenado no STF, Henrique Pizzolato mantém silêncio

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MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO

Réu no processo do mensalão, Henrique Pizzolato, 60, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, votou no início da tarde e tentou se manter no anonimato, como vem fazendo há dois anos. Não respondeu às perguntas feitas pela Folha.

Com aparência abatida, chegou à escola municipal Dr. Cícero Penna, em Copacabana, pouco depois das 13h20. Sem o cavanhaque que costumava usar, Pizzolato estava com a mulher, Andréa.

Ele foi condenado no STF (Supremo Tribunal Federal) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato (desvio de recursos públicos por servidor).

Não demorou seis minutos para votar. Não falou sobre o julgamento nem revelou em quem votou.

Quem falou foi sua mulher, a arquiteta Andréa. "Por favor, ele não pode falar. Está sob efeitos de remédios. Por favor, não insiste", pediu, após seu marido ser identificado. Depois, o casal caminhou quatro quarteirões até entrar em um prédio no mesmo bairro.

A Justiça Federal do Rio tenta intimá-lo desde 2010, quando foi denunciado por crime contra o sistema financeiro. Depois de iniciado o julgamento do mensalão, um oficial de Justiça procurou-o, sem sucesso, em três endereços no Rio, em Florianópolis (SC) e em Campinas (SP).

Desde o primeiro semestre, o ex-diretor de marketing se reveza entre o Rio e Santa Catarina. Foi, também, duas vezes à Europa. Com cidadania italiana, saiu do país em julho, de acordo com registro da Polícia Federal.

Pizzolato acompanhou as primeiras sessões do julgamento do mensalão, em Santa Catarina. Lá vive o pai, Pedro, que está doente. Ele afastou-se de antigos companheiros do PT, como José Dirceu.

As conversas sobre o julgamento do mensalão acontecem apenas pelo Skype, sempre com o advogado Marthius Sávio Cavalcante e com o amigo Alexandre Teixeira, filiado ao PT do Rio. A eles se diz "injustiçado".

Insiste na tese de que não tinha como decidir sozinho pela liberação de verbas para a DNA Propaganda, do publicitário Marcos Valério. Diz ainda que o esquema já estava montado quando chegou ao Banco do Brasil, em 2003.

Os ministros do STF entenderam que os recursos do fundo eram públicos e foram desviados a seu pedido.

 

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