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'Não devo obediência ao PT', diz Geddel sobre 2º turno em Salvador
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AGUIRRE TALENTO
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR
NELSON BARROS NETO
DE SALVADOR
Pressionado pela direção nacional do PMDB a apoiar o petista Nelson Pelegrino no segundo turno da eleição para prefeito de Salvador, o vice-presidente da Caixa Econômica Federal Geddel Vieira Lima, que comanda o partido na Bahia, disse que "não deve obediência ao PT".
A situação ocorre porque, embora o PMDB integre a base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff, a seção baiana da sigla rompeu com o governador Jaques Wagner (PT) no processo eleitoral de 2010, quando Geddel lançou candidatura própria.
Confira a página especial sobre as eleições 2012
"Sou vice da Caixa do Brasil, não do PT. Não devo obediência ao PT. Faço política e acordos políticos voltado ao futuro", disse Geddel nesta segunda-feira (8).
O PMDB passou a alvo cobiçado na eleição após os petistas ficarem praticamente empatados com o DEM de ACM Neto no primeiro turno da capital baiana. Ambos tiveram 40% dos votos, com diferença de menos de 6.000 sufrágios a favor do democrata.
A terceira colocação foi do radialista Mário Kertész (PMDB), que somou 9%.
Mesmo já procurado por PT e DEM, o partido ainda não definiu seu apoio para a fase final da campanha.
Geddel, que comanda o PMDB no Estado ao lado do irmão, Lúcio Vieira Lima, foi ministro da Integração Nacional no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas vem acenando com apoio a ACM Neto.
"Sou servidor público. Devo lealdade ao governo de coalizão da presidente Dilma. Mas chega de especulação boba. Quando a posição do PMDB estiver madura, será anunciada", completou o peemedebista.
Na noite deste domingo (7), após o resultado da apuração, Kertész anunciou que estava se retirando da vida pública. Ex-prefeito de Salvador por duas vezes na década de 1980, ele voltou a apresentar programa em sua rádio na manhã desta segunda (8).
O posicionamento no segundo turno também está indefinido no PRB, que ficou em quarto lugar na disputa, com Márcio Marinho (6%). Isso porque o partido, ligado à Igreja Universal, também faz parte da base aliada da presidente Dilma e o seu presidente estadual, José de Arimateia, afirmou que há uma tendência de ficar com Pelegrino.
Marinho, porém, prefere esperar mais. Ele foi vice de ACM Neto nas eleições de 2008. "Em 2010, nós nos aliamos a Dilma, mas 2012 é um outro cenário político", declarou. Com o fim da campanha, ele retomará o cargo de presidente do PRB na Bahia.
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