Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/10/2012 - 05h00

Condenado anda com pastinha para se defender de acusações

Publicidade

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do mensalão, o ex-deputado federal pelo PTB Romeu Queiroz (MG) reclama da rapidez com que o seu caso foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal.

Com uma pastinha a tiracolo para se defender das acusações a quem se interessar, ele diz que a vida está "uma encrenca".

"Você tem de ficar explicando até para os seus amigos, mãe, irmão, filho. É um complicador danado, mas ando carregando a pastinha debaixo do braço para ficar mostrando", disse Queiroz.

Ele reclama que sua condenação "não durou mais do que dois minutos". Para ele, o julgamento por núcleos, e não individualmente, deixou o processo "atabalhoado".

Bruno Figueiredo/Odin/Folhapress
O ex-deputado federal Romeu Queiroz, que reclama da rapidez com que foi condenado
O ex-deputado federal Romeu Queiroz, que reclama da rapidez com que foi condenado

Na sessão em que condenou Queiroz, o revisor Ricardo Lewandowski gastou dois minutos e 30 segundos com o caso.

O ministro disse que tinha um longo relatório para condenar Queiroz, mas que, como concordava com o relator Joaquim Barbosa, abreviaria.

Uma semana antes, Barbosa gastara 22 minutos para condená-lo por corrupção passiva. Nos dois posicionamentos, porém, o nome dele foi citado várias vezes quando tratavam dos casos de outros políticos do PTB.

Queiroz sustenta que os R$ 102,8 mil que recebeu via SMPB, a agência de Marcos Valério, foi doação eleitoral da Usiminas ao PTB-MG, que ele presidia na ocasião.

Trata-se, diz ele, do valor líquido de doação de R$ 150 mil. A fim de "maquiar" a doação de caixa dois, a SMPB descontava comissão e impostos. A agência cuidava da publicidade da siderúrgica.

O ex-deputado é acusado de intermediar e providenciar mais saques no valerioduto, um de R$ 200 mil para o então presidente do PTB nacional, Roberto Jefferson.

Ele disse que apenas mandou um funcionário do PTB-MG buscar o dinheiro.

Queiroz deixou o PTB. Agora, ele é suplente de deputado pelo PSB e poderá assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa, beneficiado com a eleição de deputados.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página