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23/11/2012 - 19h46

Delator diz que fraudes abasteciam 'mensalinho' em Campinas

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MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

Em depoimento à Justiça nesta sexta-feira (23), o delator do suposto esquema de corrupção que motivou uma crise política em Campinas (SP) em 2011 afirmou que as fraudes em licitações na cidade abasteciam um "mensalinho" na Sanasa (empresa mista de abastecimento de Campinas).

Luiz Augusto Castrillon de Aquino depôs na primeira audiência com os 22 réus do caso (apenas um deles não compareceu).

Segundo ele, que presidiu a Sanasa até 2008, a cada pagamento feito pela empresa para empresas prestadoras de serviço, entre 5% e 10% "retornavam" como propina.

"Parte era para o mensalinho da Sanasa", disse ele. Aquino afirmou que recebia R$ 15 mil mensais de propina, e outros dois diretores da empresa, entre R$ 10 mil e R$ 13 mil. Disse ainda não saber se havia mensalinho na prefeitura.

O suposto esquema veio à tona em maio de 2011, quando o Ministério Público revelou investigações que indicavam a ex-primeira-dama Rosely Santos como chefe de uma quadrilha que direcionava licitações para empresas que pagavam propina a agentes públicos.

Durante o depoimento, Aquino voltou a apontar participação de empresários e agentes públicos que já havia mencionado na delação premiada, entre eles Demétrio Vilagra (PT), eleito em 2008 vice do ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), o dr. Hélio, cassado pelos vereadores no ano passado por omissão diante do suposto esquema

Vilagra chegou a assumir a administração em 2011 e também foi cassado.

Aquino disse ter ouvido de um empresário que Vilagra repassou a Rosely a propina de uma empresa. Manteve a afirmação de que dr. Hélio não sabia da fraude, porque sua mulher tinha "autonomia".

Os outros réus serão ouvidos em audiências futuras. O juiz Nelson Augusto Bernardes disse que pretende dar a sentença em fevereiro de 2013.

 

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