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Jornais estrangeiros destacam proximidade de Lula com ex-assessora
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DE SÃO PAULO
A imprensa internacional tem dado destaque nos últimos dias ao novo escândalo de corrupção que atingiu o governo brasileiro após a Operação Porto Seguro, deflagrada sexta-feira passada pela Polícia Federal.
Na sua edição de hoje, o americano "The New York Times" afirma que o caso coloca, mais uma vez, o PT na defensiva ao envolver membros de alto escalão do governo em um caso de corrupção. Para o jornal, o novo escândalo está abalando as instituições governamentais assim com aconteceu com o julgamento do mensalão.
A reportagem fala da proximidade de Rosemary Novoa de Noronha, ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, com o ex-presidente Lula. Também informa que ela recebeu um passaporte diplomático e viajou com ele 23 países entre 2007 e 2010.
"Talvez o mensalão não foi o divisor de águas como o comemorado, mas uma mudança parcial do jogo", diz ao jornal o professor da Universidade de Brasília David Fleischer.
Veja as imagens da reportagens
O argentino "La Nacion" também trata do assunto na sua edição de hoje. A reportagem "Uma mulher no olho de uma nova tempestade para Lula" lembra que o caso aparece no momento em que o governo pensava poder respirar tranquilo com o fim do julgamento do mensalão.
A reportagem chamada Rosemery de uma "misteriosa mulher" que pode envolver Lula, com quem "teria uma relação muito próxima".
O jornal lembra que a ex-assessora foi demitida pela presidente Dilma Rousseff no dia seguinte ao surgimento do caso e cita o fato de ela ter trabalhado 12 anos para o ex-ministro José Dirceu.
O assunto foi notícia na edição de quinta-feira (29) do jornal "The Wall Street Journal". A reportagem também lembra que o caso acontece logo após o julgamento do mensalão.
De acordo com o jornal, partidários do governo afirmam que as novas acusações são mais uma evidência de que Dilma é séria no combate à corrupção.
"Esse tipo de coisa já acontece há muito tempo no Brasil. O que está mudando é que ela está sendo combatida", diz ao jornal o analista político Cesar Carvalho.
O texto destaca ainda que a descoberta de casos do mesmo tipo pode aumentar a tensão entre Dilma e seu "mentor" Lula. "Lula ainda é popular e tem um papel importante na política partidária, incluindo a seleção de candidatos em eleições locais", informa "WSJ".
Reportagem da Reuters vai na mesma linha ao destacar a luta de Dilma para conter as consequências dos escândalos de corrupção do governo Lula. Para a agência, eles não devem, porém, afetar a reeleição da presidente em 2014.
A reportagem do argentino "Clarín", publicada na segunda-feira, também coloca a demissão dos funcionários envolvidos como destaque e lembra que se trata de mais um caso a "golpear" o governo Dilma.
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