Publicidade
Publicidade
Paes diz que corte nos royalties não vai parar Prefeitura do Rio
Publicidade
MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
Na contramão do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PMDB), afirmou nesta quinta-feira que a nova distribuição das verbas dos royalties do petróleo, decidida ontem pelo Congresso, não vai paralisar o município. Ele, no entanto, admitiu que o corte de recursos representará um "impacto" nas contas da prefeitura.
Ontem (6), o Congresso derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff que mantinha os Estados produtores (Rio, Espírito Santo e São Paulo) como os principais beneficiários na partilha do dinheiro.
Rio suspende pagamentos até Supremo decidir sobre royalties
Congresso derruba vetos de Dilma à lei dos royalties do petróleo
Governo não vai ao STF contra derrubada dos vetos dos royalties
Felipe Dana - 10.nov.2011/Associated Press |
Eduardo Paes (à dir.) e o governador Sérgio Cabral em protesto contra redistribuição de royalties do petróleo |
"Não tem risco de parar obra nenhuma da prefeitura. Todos os recursos dos royalties vão para investimentos em questões ambientais e de drenagens, mas vamos substituir os recursos, se eles faltarem", disse o prefeito.
No Estado, Cabral determinou a suspensão de "todos os pagamentos, com exceção do [salário] dos servidores públicos" até que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgue a constitucionalidade do projeto de lei de distribuição de royalties do petróleo. Uma ação no tribunal questiona a validade da votação no Congresso.
De acordo com estimativa da Secretaria Estadual de Fazenda, o Estado perderá R$ 1,6 bilhões este ano. O orçamento anual do Rio é de R$ 72,7 bilhões.
No caixa da cidade, segundo Paes, a arrecadação dos royalties representa entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, "mas não acaba com as finanças da cidade". "Obviamente quando se tem esse impacto todo nas finanças do Estado, com contratos firmados, isso afeta diretamente a cidade. Não é uma luta desse ou daquele município. É uma luta do povo fluminense que não pode admitir este tipo de coisa no Rio de Janeiro", afirma o prefeito.
Segundo Paes, a decisão "apequenou o Congresso" e o que resta agora é recorrer no STF, como prometeu Cabral.
"É lamentável. A gente vive numa federação, você tem uma partição das receitas, o Rio arrecada uma quantidade enorme de impostos e boa parte desses impostos não fica no Rio de Janeiro. Vai para outros Estados e é assim que tem que ser. Quando você fala de royalties, você fala de uma compensação pelo o que causa aqui no Estado do Rio de Janeiro e esse equilíbrio federativo foi rompido ontem numa decisão pequena. É pensar um Brasil pequeno como se fosse uma disputa de recursos a luta permanente dos prefeitos e governadores e, portanto, dos seus representantes e deputados."
+ Canais
+ Notícias em Poder
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice