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Programas sociais impulsionam aprovação de Dilma
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LEANDRO COLON
DE SÃO PAULO
Políticas de benefícios sociais como o programa Bolsa Família e medidas econômicas de caráter popular como a redução na conta de luz ajudam a alavancar a aprovação do governo de Dilma Rousseff, indica pesquisa realizada pelo Datafolha entre 20 e 21/3 com 2.653 pessoas em 166 municípios brasileiros.
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Números do levantamento, divulgados na semana passada, já sinalizavam que o baixo medo do desemprego e a alta expectativa do poder de compra do salário explicam boa parte da popularidade do governo Dilma.
Novos dados da pesquisa dão uma visão mais abrangente do cenário. Mostram, por exemplo, que, dos 65% que consideram a gestão da petista "ótima" ou "boa", 27% apontam como justificativa os programas sociais.
Desses, 19% mencionam o Bolsa Família, seja por sua continuidade após o governo Lula (2003-2010), seja pela expansão do programa na gestão Dilma.
A citação de políticas sociais do governo federal sobe para 32% no Nordeste, onde o Bolsa Família é lembrado por 23% dos entrevistados. Em segundo lugar, vem o Minha Casa, Minha Vida.
CONDUÇÃO ECONÔMICA
Já o desempenho da economia é citado por 25% dos entrevistados para elogiar a gestão da presidente.
O Datafolha mostra que medidas anunciadas recentemente pela presidente contribuem para essa avaliação, justamente num momento em que ferve o debate no mercado sobre a política de juros e de combate à inflação.
Dos entrevistados que citam a economia a favor da presidente, apenas 20% dizem que a inflação deve aumentar, percentual semelhante aos que afirmam acreditar no aumento do desemprego.
Dilma anunciou em janeiro, por exemplo, redução de 18% na tarifa de energia elétrica para residências e de até 32% para comércio, serviços e agricultura.
Dois meses depois, a medida foi lembrada por 9% dos 25% que usam a economia para dizer que o governo da petista é "ótimo" ou "bom".
Outros 4% citaram o aumento do salário mínimo e 3% a desoneração da cesta básica, mesmo número dos que mencionaram o controle da inflação.
A média dos que atribuem à economia o sucesso do governo Dilma cai consideravelmente na região Nordeste, com o pior índice, de 14%. O pico é no Sul, com 31%, sendo 28% no Sudeste e 29% nas regiões Norte/Centro Oeste.
Essas menções são espontâneas e o entrevistado pode dar mais de uma razão para justificar sua posição.
Dos entrevistados, 15% dizem que defendem o governo porque Dilma se preocupa com os pobres, 12% por causa do desempenho na educação e 8% consideram que gestão é boa em razão da atuação na área da saúde.
A relação da presidente com o PT e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é apontada por 12% dos entrevistados como positiva para seu bom desempenho.
Esses quesitos sustentam a popularidade do governo e também contribuem para o crescimento de Dilma nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de 2014.
Se a disputa eleitoral fosse hoje, ela venceria seus adversários no primeiro turno, com 58% dos votos no cenário mais provável, contra a ex-senadora Marina Silva, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
Danilo Bandeira/Editoria de arte/Folhapress | ||
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