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Entidade que 'diplomou' Feliciano pede agora que ele renuncie
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NELSON BARROS NETO
DE SALVADOR
Uma entidade do interior baiano aproveitou a passagem do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) por Salvador, na noite de quinta-feira (4), para lhe entregar um "diploma de defensor dos direitos humanos".
Menos de dois dias depois, porém, o presidente do grupo diz ter se arrependido e passou a engrossar o coro dos que pedem a renúncia do pastor da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
Desde março, antes mesmo de assumir, Feliciano vem sendo alvo de manifestações, protestos na internet e críticas no Congresso. Ele chegou a escrever que africanos são "amaldiçoados" por Noé e responde a processos sob acusação de homofobia e estelionato.
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"Eu não concordo com as atitudes dele. Só assinei o documento", diz Elizeu Fagundes Rosa, líder da chamada FBDDH (Federação Brasileira de Defesa dos Direitos Humanos). "Espero que ele renuncie, pelo bem da sua família. Só Deus sabe o que está passando."
A entidade é sediada em Itamaraju (750 km da capital baiana), tem pastores na diretoria e é considerada pelo Ministério da Justiça uma "sociedade civil de interesse público".
Rosa afirma que o título foi definido há mais de cinco meses por uma comissão de sete pessoas após o deputado atender a três requisitos: ser ficha-limpa, não ter sido condenado por crimes contra a vida e prestar serviço social.
A homenagem, segundo ele, não foi formalizada antes por falta de data. "A gente deveria ter esperado baixar essa poeira", disse.
Neste sábado, o site oficial da FBDDH amanheceu fora do ar. "Colocamos em manutenção porque a página foi hackeada", diz Rosa.
PROCESSOS
O presidente da federação foi indiciado pela Polícia Federal em quatro inquéritos e é réu em ao menos dois processos --um civil e outro penal--, segundo o Blog do Josias.
Antes da FBDDH, Rosa comandou um chamado Conselho Federal de Defesa dos Direitos Humanos, que não tinha qualquer vínculo público e foi alvo de duas ações do Ministério Público Federal por, entre outros motivos, ostentar símbolos públicos.
Rosa nega ter sido alvo da PF, diz já ter apresentado defesa em todos os processos e que foi vítima de perseguições políticas. Segundo ele, as acusações sobre o conselho federal que presidia trataram-se de "confusão".
O presidente da federação ainda diz ter recebido uma ligação de Feliciano, que questionou a idoneidade do grupo. "Temos 12 anos de atuação e estamos tranquilos", afirma ter informado ao deputado.
Pelo Twitter, na madrugada de sexta (5), Feliciano se disse emocionado com a homenagem que recebeu da FBDDH e mostrou a imagem do diploma, em que seu próprio nome aparece grafado de maneira errada como "Marcos". Mas acabou apagando depois a mensagem.
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