Justiça impede Hélio Costa de usar "teleaulas" com fins político-partidários

A Justiça Eleitoral de Minas Gerais determinou hoje que o PMDB e o senador Hélio Costa, pré-candidato do partido ao governo de Minas, não usem as "teleaulas" via satélite para divulgação de "qualquer conteúdo com conotação político-partidário".

A decisão do juiz-auxiliar do TRE Octavio Augusto De Nigris Boccalini acata pedido do PSDB mineiro apresentado na semana passada, mas não proíbe as "teleaulas"

Os tucanos alegaram que Costa utilizou as "teleaulas" para fazer campanha antecipada e atacar a gestão tucana iniciada por Aécio Neves e que segue com o governador Antonio Anastasia, candidato a reeleição.

O mérito da ação proposta pelo PSDB ainda será julgado pela Justiça Eleitoral. O PMDB tem 48 horas para apresentar "a mídia com o conteúdo completo do programa de videoaula exibido no dia 17 de maio".

Segundo o juiz, é preciso "assegurar o pedido inicial, uma vez que novas veiculações desequilibram a corrida eleitoral, favorecendo um [pré-candidato] em detrimento dos demais, o que é obstado pela legislação".

É intenção do PMDB-MG usar a transmissão via satélite, captadas por antenas parabólicas, para se comunicar e instruir a militância no interior mineiro. Além de Costa, falarão aos militantes os marqueteiros, estrategistas e organizadores da campanha e do programa de governo.

O partido terá até duas horas diárias para usar o satélite e se comunicar com os militantes. O custo disso ficará entre R$ 150 mil e R$ 200 mil por mês.