Corpo do secretário de Saúde de SP será cremado hoje

A cerimônia de cremação do corpo do secretário de Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas, ocorrerá nesta segunda-feira (19), em São Paulo. Ele morreu no sábado (17) vítima de infarto, aos 57 anos. O velório ocorreu ontem na Santa Casa de Misericórdia.

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Estiveram no velório o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB); o prefeito da cidade, Gilberto Kassab (DEM); o presidente do PPS, Roberto Freire; o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que trabalhou com Barradas na década de 70, em Osasco (SP), o candidato tucano à Presidência, José Serra, e o candidato ao governo de SP, Geraldo Alckmin (PSDB).

De acordo com tucanos, o secretário es­tava sentindo dores havia al­guns dias, passou mal e foi para o hospital com seu filho, que estava dirigindo o carro. O cardiologista Roberto Kalil disse ter sido acionado para atendê-lo.

Eduardo Knapp - 10.jul.2009/Folhapress

O médico sanitarista Luiz Roberto Barradas Barata, 57, assumiu a Secretaria de Saúde de SP em janeiro de 2003

"É uma perda muito significativa para a saúde pública do país. Não apenas para a cidade ou o Estado de São Paulo", disse Freire.

Informado da morte do se­cretário de Saúde à noite ainda no aeroporto, ao chegar de Ilhéus (BA), Serra foi diretamente para o hospital.

TRAJETÓRIA

Médico sanitarista, Barradas foi um dos fundadores do SUS (Sistema Único de Saúde). Ele foi assessor dos ex-ministros da Saúde Adib Jatene e José Serra. Foi também chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo durante a gestão do prefeito Mario Covas, e secretário-adjunto de Saúde no governo de Covas e de Geraldo Alckmin. Ele se formou em medicina pela Santa Casa de São Paulo em 1976.

Em artigo na Folha, o secretário defendeu no ano passado a lei antifumo no Estado de São Paulo, apontando pesquisas que mostram a ligação entre fumo passivo e doenças como câncer de pulmão e doenças do coração.

Neste ano, defendeu a lei estadual das organizações sociais, pela qual instituições filantrópicas firmam contratos com o governo para a gestão de hospitais estaduais. Barradas via neste modelo uma solução para uma gestão mais eficiente dos hospitais públicos, "sem abrir mão do controle estatal".

Barradas deixa mulher e dois filhos. A filha dele, que estava em Cuba, deve chegar hoje para a cerimônia de cremação.