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05/08/2010 - 16h56

Provas de possíveis irregularidades, 17 t de documentos desaparecem no PR

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FILIPE MOTTA
DE SÃO PAULO

Técnicos do governo do Paraná que faziam uma busca no depósito da Secretaria de Educação do Estado tiveram uma surpresa na tarde de ontem. Cerca de 17 toneladas de documentos sumiram. O problema é que esse material pode conter provas do desvio de cerca de R$ 800 mil em diárias de viagem da Secretaria de Educação do Estado, que teria ocorrido entre 2007 e 2010.

No esquema de desvio das diárias, alguns funcionários da Secretaria de Educação e da Superintendência de Desenvolvimento Educacional do Estado requisitavam recursos para viagens que, de fato, não aconteciam. Faziam prestação de contas com notas frias e ficavam com o dinheiro para si, segundo a Corregedoria e Ouvidoria do Estado do Paraná.

O roubo foi anterior às denúncias das diárias, que foram feitas ao governo em junho. Em 14 de janeiro deste ano, a funcionária responsável pelo depósito registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Piraquara, município onde ele fica. Apesar do tamanho do problema, nenhuma pista dos documentos foi levantada até agora. A própria Corregedoria do Paraná, que investiga o desvio das diárias, suspeita que o veículo que carregou o material tenha feito mais de uma viagem para dar conta de levar tamanha quantidade de papel.

Segundo o secretário especial da Corregedoria e Ouvidoria do Paraná, Antonio Comparsi de Mello, o governador Orlando Pessuti (PMDB) designou hoje um delegado específico para cuidar do desaparecimento dos documentos. Por meio da assessoria do governo, a secretaria de educação Yvelise Arco-Verde declarou apoio às investigações.

Ainda de acordo com Antonio Comparsi, boa parte das informações contidas na documentação roubada pôde ser recuperada no sistema eletrônico do governo. No entanto, para ele a investigação pode ficar comprometida já que algumas provas, como originais de notas fiscais, só podem ser encontradas no material desaparecido.

DIÁRIAS

A quantia desviada de R$ 800 mil seria relativa à diárias falsas emitidas no período entre 2007 e 2010. No entanto, a Ouvidoria do Paraná não descarta que o valor possa ser maior e pretende analisar a documentação de outros anos.

Até o momento são seis os servidores suspeitos de coordenar o desvio das diárias --dois haviam sido exonerados antes das denúncias serem feitas e os outros quatro passam por processo administrativo. Segundo a ouvidoria, há mais funcionários envolvidos.

Auditores do governo do Paraná investigam se também houve desvio de recursos nas secretarias de Saúde, Agricultura, Meio Ambiente e Trabalho.

 

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