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Oposição quer ouvir ex-gerente executivo da Previ sobre dossiês
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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
A oposição vai tentar ouvir o ex-gerente executivo da Previ Gerardo Xavier Santiago na CCJ (Comissão e Constituição e Justiça) do Senado para explicar as acusações de que o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil atuou como "fábrica de dossiês" contra adversários do PT.
Mesmo com o Congresso em "recesso branco" para que os parlamentares se dediquem às campanhas eleitorais, a oposição quer ouvi-lo no início de setembro --quando o Senado realiza uma semana de trabalhos antes das eleições.
"Essa prática de fabricar dossiês se repete desde 2002. Como a impunidade vem prevalecendo, há reincidência", disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
A revista "Veja" desta semana publicou uma entrevista com o ex-gerente executivo da Previ, na qual afirma que o fundo é "um bunker" de petistas e "está a serviço de um determinado grupo muito poderoso, comandado por Ricardo Berzoini [ex-presidente do PT], Sérgio Rosa [à frente do fundo até este ano] Luiz Gushiken [ex-ministro de Lula] e João Vaccari Neto [tesoureiro do PT]".
Dias prometeu apresentar nos próximos dias à CCJ convite para que Santiago preste depoimento à comissão. O senador disse que a montagem de dossiês configura uma "ameaça ao Estado de Direito", por isso deve ser apurada. "Acho que ele vai atender ao nosso convite para revelar publicamente o que já disse à revista 'Veja'."
O deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) também vai interpelar judicialmente o ex-gerente executivo da Previ para que ele revele o teor dos dossiês. O parlamentar também vai ingressar na Justiça Federal com uma interpelação contra o ex-presidente do fundo Sérgio Rosa --de quem teria partido a ordem para a montagem dos dossiês.
ACM Neto é um dos citados pela revista "Veja" como integrante dos dossiês elaborados pelo PT. O deputado quer autorização judicial para ter acesso às informações reunidas pelos petistas.
O deputado também prometeu pedir nesta terça-feira à Polícia Federal a abertura de investigações sobre a montagem dos dossiês.
REPRESENTAÇÃO
Além da interpelação judicial, o DEM promete ingressar com representação no Conselho de Ética do Senado contra a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) por quebra de decoro parlamentar.
Segundo a reportagem da revista "Veja", a senadora teria usado informações de um dossiê preparado ilegalmente na Previ para atacar o deputado ACM Neto durante os trabalhos da CPI dos Correios, em 2005.
A assessoria jurídica do DEM elabora a representação, que deve ser encaminhada ao Conselho de Ética até o final desta semana. Ideli não quis comentar a representação nem as acusações da revista.
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