Na Bienal, Alckmin ganha dedicatória de padre Marcelo e abraça ex-pupilo Chalita

Durante a Bienal do Livro, em São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) ganhou do padre Marcelo Rossi um livro com a dedicatória "ao meu governador" e abraçou ternamente seu ex-pupilo, Gabriel Chalita, hoje filiado ao PSB, que apoia a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência.

O tucano, que lidera as intenções de voto para o governo de São Paulo, foi à Bienal na tarde deste sábado (14) para participar do lançamento do livro de Rossi, "Ágape" (ed. Globo). Ao mesmo tempo, no estande da editora, Chalita também autografava seus livros.

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Ex-secretário da Educação de Geraldo Alckmin (PSDB), Chalita é candidato a deputado federal pelo PSB.

À Folha, o pessebista disse que o fato de ele e Alckmin estarem em campos opostos na política não afetou a relação pessoal entre ambos. "Continuo tendo essa amizade. Nunca tive problemas com Alckmin", afirmou.

Chalita disse acreditar que Dilma deva crescer ainda mais nas pesquisas de intenção de voto --no último Datafolha, a petista abriu vantagem de oito pontos sobre seu principal adversário, José Serra (PSDB).

De acordo com o levantamento, a ex-ministra cresceu 5 pontos percentuais em relação à última pesquisa, realizada em julho, e agora tem 41% das intenções de voto. Ao mesmo tempo, o tucano caiu de 37% para 33%. Marina Silva (PV) manteve os 10% que havia registrado na sondagem anterior.

"Ainda há um percentual grande [de eleitores] que ainda não sabem que a Dilma é a candidata do Lula. Isso mostra que ela tem uma possibilidade de crescimento ainda maior quando as pessoas vincularem a imagem dela à dele no horário eleitoral", afirmou Chalita.

Questionado se Paulo Skaf (PSB) é seu candidato ao governo de São Paulo, Chalita foi diplomático: "O PSB fez a opção de colocá-lo como candidato. Eu respeito essa opção e deixei claro ao partido que, para mim, era muito complicado fazer uma campanha atrelada a ele. Então no meu material não tem o nome dele."

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), que também passou pela Bienal, cumprimentou Alckmin e comentou o último levantamento do Datafolha, em que o ex-governador paulista aparece com 54% das intenções de voto, contra 16% do senador Aloizio Mercadante (PT) e 11% de Celso Russomanno (PP).

"Estou muito feliz com a posição do Geraldo Alckmin, meu candidato", afirmou Kassab, que disputou a prefeitura de São Paulo com o tucano em 2008. "Seria uma leviandade afirmar quem vai ganhar [as eleições], mas tenho muita confiança na vitória do Serra e na do Alckmin".

Ao comentar o avanço de Dilma, Kassab afirmou que "as pesquisas têm muita oscilação" e lembrou sua própria reeleição à prefeitura de São Paulo dois anos atrás, quando começou a campanha eleitoral em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto e acabou revertendo a situação.