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26/08/2010 - 15h05

PSDB vai processar Dilma por uso da máquina pública para acessar dados de tucanos

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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

O PSDB vai protocolar até amanhã no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) representação contra a candidata Dilma Rousseff (PT) e sua coligação por abuso de poder político e uso da estrutura do Estado para fins eleitorais. Os tucanos afirmam que a campanha de Dilma usou a máquina pública para ter acesso a dados fiscais sigilosos de tucanos ligados ao candidato José Serra (PSDB).

O advogado do PSDB, Ricardo Penteado, disse à Folha ser "ingenuidade" pensar que a campanha petista não está envolvida nas quebras de sigilo dos tucanos.

"Isso tem uma conotação eleitoral. O que se verifica é o uso da máquina administrativa, abuso do poder político, em benefício da candidatura e daqueles que estão no poder. Aí porque a Justiça Eleitoral tem que se ocupar em investigar esse assunto, inclusive o envolvimento dessas pessoas, porque é muito grave o que está acontecendo", afirmou.

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Alan Marques/Folhapress
Além de Eduardo Jorge, investigação da Receita mostra que o sigilo de três outros tucanos foram violados
Além de Eduardo Jorge, investigação da Receita Federal mostra que sigilo de três outros tucanos foram violados

Penteado disse que a oposição vem encontrando dificuldades em ter acesso às investigações, no âmbito da Receita Federal, sobre as quebras de sigilo. A Corregedoria da Receita Federal investiga o acesso aos dados fiscais de Eduardo Jorge Caldas Pereira, vice-presidente do PSDB.

"Só se consegue acesso a essa investigação com a intervenção da Justiça, o que mostra que essa resistência em se apurar os fatos, em dar acesso aos interessados e às próprias vítimas o que foi apurado, também é uma forma de usar a máquina."

A oposição também vai à PGR (Procuradoria Geral da República) e ao STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir investigações sobre a violação dos dados fiscais.

Eduardo Jorge não foi a única pessoa ligada ao partido a ter o sigilo fiscal violado dentro da Receita Federal. No mesmo dia, no mesmo lugar e de forma sequencial, os dados de outras três pessoas próximas a Serra e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Entre 12h27 e 12h43 de 8 outubro de 2009 foram impressas as declarações de Imposto de Renda do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira e de Gregorio Marin Preciado, casado com uma prima de Serra.

As cópias das declarações do imposto de renda de Eduardo Jorge (dos exercícios de 2005 a 2009) faziam parte de um dossiê organizado por um "grupo de inteligência" que atuou na pré-campanha de Dilma --que nega todas as acusações.

 

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