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Kátia Abreu e Suplicy batem boca em sessão que prorrogou CPI do MST no Congresso
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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
Os senadores Kátia Abreu (DEM-TO) e Eduardo Suplicy (PT-SP) trocaram insultos nesta quarta-feira durante sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que discutia a prorrogação da CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no Congresso.
O petista acusou a senadora, uma das maiores defensoras da comissão, de não ter como hábito comparecer às reuniões da CPI. Irritada, Kátia Abreu rebateu. "Não lhe dou o direito de questionar meu trabalho nesta Casa. Meu mandato é do tamanho do seu. O seu mandato não maior do que o meu, isso não lhe credencia para chamar minha atenção em público. Sou suplente na CPI do MST, que recebe dinheiro do seu governo. O senhor quer fazer vistas grossas disso. Se não estive lá é porque não foi requerido", reagiu a democrata.
Em meio ao bate-boca, a senadora chegou a relembrar o episódio em que Suplicy vestiu uma cueca vermelha dentro do Congresso, por cima do terno, a pedido de humoristas do programa "Pânico", da RedeTV!.
Suplicy manteve as acusações à parlamentar sobre sua ausência na CPI. "Os membros do seu partido muitas vezes estiveram ausentes. Os titulares de Vossa Excelência não estiveram lá. Que Vossa Excelência pudesse estar ali pelo menos para ajudar. Mas é livre o seu direito de se expressar."
O embate foi encerrado após intervenção do presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO). "Mantenhamos a compostura, precisamos concluir a votação."
A oposição garantiu nesta quarta-feira a prorrogação da CPI do MST. PSDB e DEM conseguiram derrubar recurso apresentado à CCJ pelo governo para encerrar os trabalhos da comissão. Os oposicionistas querem usar a CPI para investigar a suposta quadrilha que fraudava projetos de reforma agrária na região sul de Mato Grosso do Sul.
O esquema foi descoberto em operação da Polícia Federal realizada esta semana no Estado, que resultou na prisão de pelo menos 20 pessoas. Segundo o Ministério Público Federal, os desvios podem chegar a R$ 12 milhões. Outros R$ 50 milhões teriam sido gastos sem necessidade, em um processo fraudulento de distribuição de 497 lotes a pessoas não habilitadas no programa de reforma agrária do governo federal.
A investigação também flagrou a venda de lotes da reforma agrária. Os negócios, segundo a PF, eram regularizados por servidores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
IMPASSE
A oposição havia conseguido a prorrogação da CPI no final de julho, mas os governistas apresentaram requerimento à CCJ para questionar o funcionamento da comissão.
Autor do pedido, Suplicy afirma que houve irregularidades no pedido de prorrogação porque o documento deveria ter sido lido no plenário do Congresso, e não do Senado --como ocorreu.
Segundo o senador, a comissão é mista (integrada por deputados e senadores), por isso o pedido de prorrogação teria que ser analisado pelo Congresso. Mesmo com os apelos do senador petista, a CCJ manteve a CPI do MST em funcionamento até janeiro de 2011.
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