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Por determinação de Lula, Bernardo cria grupo para propor remodelação dos Correios
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DE BRASÍLIA
Por determinação do presidente Lula, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) criou um grupo de trabalho para fazer um novo diagnóstico dos Correios e propor uma remodelação da estatal, que deve passar por novas demissões após o período eleitoral.
A empresa está no centro da crise que derrubou Erenice Guerra da Casa Civil depois da divulgação de suspeitas de tráfico de influência no órgão envolvendo familiares da ex-ministra, inclusive um de seus filhos, Israel Guerra.
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O ministro foi obrigado a interromper suas férias no Paraná por convocação do presidente, com quem se reuniu anteontem no Palácio do Planalto. Hoje, ele deve dar um primeiro relato a Lula sobre as providências que devem ser tomadas para tirar os Correios do noticiário e pôr fim à guerra política dentro do órgão entre petistas e peemedebistas.
Dois pontos foram apresentados como os mais sensíveis em reunião ontem entre Bernardo e a presidência dos Correios: os contratos com a MTA (Master Top Airlines) e também o encerramento dos contratos de quase 1.500 agências franqueadas que vencem em 10 de novembro.
Por ordem judicial, a licitação de novas franquias terá que ser reiniciada do zero e não há tempo hábil para que novos contratos sejam assinados no prazo, o que pode provocar um apagão postal no país.
Um plano de contingenciamento que envolve R$ 426 milhões está sendo articulado dentro da estatal para evitar o caos.
O ministro do Planejamento vai viajar com Lula hoje para Curitiba, onde o presidente tem agenda política.
Paulo Bernardo já havia feito um diagnóstico dos Correios, juntamente com a ex-ministra Erenice Guerra, o que determinou a troca da direção da estatal em agosto. Saíram nomes indicados pelo PMDB, como o então presidente Carlos Henrique Custódio, substituído por David de Mattos, nomeado por Erenice Guerra.
Segundo a Folha apurou, Lula determinou a Paulo Bernardo que tome todas as providências necessárias para interromper a crise nos Correios, que tem gerado notícia negativa para a campanha a presidente da petista Dilma Rousseff. O presidente teme que a crise se agrave e acabe levando a eleição presidencial para o segundo turno.
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